PREVALÊNCIA E MOTIVOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO EXAME PREVENTIVO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DE PASSO FUNDO, RS

Autores

  • Natasha Cecilia Silva Vilela UFFS Passo Fundo / Estudante
  • Maria Joaquina Bidart Inchiauspe
  • Luana Bugone
  • Pâmela Machado Amorim
  • Jéssica Boufleur
  • Priscila Pavan Detoni
  • Renata dos Santos Rabello
  • Shana Ginar da Silva

Palavras-chave:

Sistema Único de Saúde., Câncer de Colo de Útero, Campanha de Rastreamento, Educação em saúde, Saúde da mulher

Resumo

O câncer de colo de útero é um dos tipos de câncer mais prevalentes entre as mulheres brasileiras. Felizmente, é também um dos tumores com maior potencial de prevenção, devido à existência de exames simples e eficazes para a identificação do  diagnóstico precoce. O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de rastreio de câncer de colo de útero em mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), descrevendo também os motivos que levam as usuárias a não realizarem o exame, assim como a forma em que as mulheres souberam da necessidade de realização. Trata-se de um estudo transversal, recorte da pesquisa “Saúde da mulher e da criança no ciclo gravídico-puerperal em usuárias do Sistema Único de Saúde”,. Os dados utilizados foram coletados entre dezembro de 2022 a agosto de 2023 com mulheres usuárias de cinco unidades básicas de saúde (UBS) de Passo Fundo, RS. Foram consideradas elegíveis usuárias com idade ≥ 12 anos, que possuíam filhos de até 2 anos os quais estavam em acompanhamento de puericultura no território de abrangência das UBSs. Utilizou-se questionário estruturado para coleta de dados desenvolvido para o estudo sendo as entrevistas realizadas nas dependências das UBSs.   A avaliação do rastreio do cancer de colo de útero foi feita por meio de quatro questões: “Alguma vez na vida você realizou exame ginecológico preventivo?”, “Realizou exame nos últimos 3 anos?”, “Como soube da necessidade de fazer exame?” e “Por que não realizou o exame?”. Os dados foram duplamente digitados no programa EpiData versão 3.1 (distribuição livre), e posteriormente foi feita análise descritiva (n,%) no Programa estatístico PSPP. No período avaliado, a amostra foi composta por 256 usuárias. Em relação à prevalência de realização do exame de rastreio, a grande maioria fez o preventivo pelo menos alguma vez na vida (78,1% - IC95% 73-84), e entre essas 83,5% (IC95% 78-89) realizaram nos últimos três anos. Sobre o conhecimento da necessidade de realização do exame, a maioria soube através de profissionais de saúde, 59,0%, seguido de informação da família (15,0%) e  meios de comunicação (12,6%), ainda algumas souberam da necessidade devido à gestação/condição de saúde (11,4%). Quanto a não realização do rastreio, 30,7% relataram que o rastreio não foi solicitado ou não tinham conhecimento sobre exame, ainda, 19,3% não buscou fazer em virtude de medo/vergonha/dor. Ainda, algumas relataram a falta de tempo (14,8%), o difícil acesso à unidade de saúde (3,4%) e a idade fora da faixa (4,5%) como motivos para não realização do exame preventivo. Diante disso é possível observar que embora a cobertura do rastreamento para cancer de colo de utero seja altta, observa-se que uma parcela significativa de  mulheres nao realizam exame regularmente. Sendo os principais motivos alegados a falta de informação adequada e experiências negativas com o procedimento anterior, motivos estesque podem ser superados por meio de políticas públicas que promovam a educação sobre a doença e a importância do rastreamento, e assim o fortalecimento das ações de promoção da saúde da mulher no contexto da atenção primária no SUS.

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Publicado

04-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Passo Fundo