PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DA MICROBIOTA VAGINAL EM DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS DE MULHERES ATENDIDAS EM AMBULATÓRIO DE GINECOLOGIA

Autores

  • Greice Bozza Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Leticia Lima Miranda Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Camila Santos Rocha Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Silvane Nene Portela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Giovana Paula Bonfantti Donato Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Ivana Loraine Lindemann Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Gustavo Olszanski Acrani Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Jossimara Polettini Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Palavras-chave:

Lactobacillus, Vaginose Bacteriana, Candida, Mycoplasma Hominis, Papanicolau

Resumo

Objetivo: Identificar a prevalência de alterações de microbiota vaginal em diferentes faixas etárias de mulheres atendidas em ambulatório de ginecologia. Metodologia: Estudo transversal realizado no Ambulatório de Especialidades da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Passo Fundo – RS. A amostra foi composta por conveniência de mulheres com idade entre 18 e 64 anos que estiveram em consulta via Sistema Único de Saúde. Amostras cérvico-vaginais foram coletadas e a técnica de Gram foi empregada para a identificação do padrão de microbiota normal (Flora 1), de VB e de pseudohifas ou esporos de Candida spp. Uma alíquota do material cérvico-vaginal, coletado em meio líquido para exame Papanicolau, foi submetida à extração de DNA genômico e a pesquisa para M. hominis foi realizada pela técnica Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real. Os dados sociodemográficos e clínicos foram coletados por questionário padronizado. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS. A análise estatística consistiu na distribuição de frequências absolutas e relativas das variáveis descritivas e na prevalência dos padrões de microbiota vaginal, através do programa PSPP. Resultados: Foram estudadas 173 pacientes, com média de idade de 42,7 (± 10,8), com faixa etária predominante de 41 a 65 anos (56,6%), maioria de cor branca (64,5%), com 5 anos ou mais de estudo (53,8%), exercendo atividade remunerada (59,5%) e com companheiro (88,4%). De acordo com a faixa etária, 4,0% das pacientes têm idade entre 18 e 24 anos e, dessas, 57,1% possuem Flora 1, 14,2% VB, 14,2% Candida spp e 28,5% M. hominis; 39,3% têm idade entre 25 e 40 anos e, dessas, 52,9 possuem Flora 1, 32,3% VB, 2,9% Candida spp e 5,8% M. hominis; e 56,7% têm idade entre 41 e 65 anos e, dessas, 45,9% possuem Fora 1, 25,5% VB, 5,1% Candida spp e 8,1% M. hominis. Conclusão: Há maior prevalência de alterações da microbiota vaginal normal na faixa etária de 18 a 24 anos de idade, assim como na literatura, o que sugere uma suscetibilidade a condições adversas que podem afetar a saúde da mulher, como infecções sexualmente transmissíveis, infertilidade e alterações metabólicas e obstétricas.

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Publicado

04-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Passo Fundo