FECHAMENTO DAS ESCOLAS NO CAMPO EM MARIANO MORO/RS: RUPTURAS, RUÍNAS E MEMÓRIAS

Resumo

O presente trabalho consiste no resgate do histórico de fechamento das escolas do/no campo do Município de Mariano Moro, localizado no Alto Uruguai Gaúcho. Escolas essas que atendiam a população camponesa residente daquela localidade. Tais escolas eram pertencentes ao município e ao Estado. Tem como objetivo historiar o processo de fechamento de escolas rurais de Mariano Moro, à luz da Educação do Campo. Para melhor compreensão das motivações que levam uma escola ao seu limite que é a extinção, perante a parte burocrática. De acordo com o título desta pesquisa restam apenas rupturas, ruínas e memórias para o sofrido povo camponês que sempre acaba sendo negligenciado pelos órgãos governamentais. A pesquisa foi articulada em torno da campanha nacional realizada pelos movimentos sociais “fechar uma escola é crime", o que evidencia o esquecimento dos povos do campo, quando não são questionados sobre as mudanças realizadas na comunidade. A metodologia utilizada envolveu pesquisa documental e História Oral, através de entrevistas com pessoas que passaram pela Escola Estadual de Ensino Fundamental Três Pinheiros, sendo essa uma professora aposentada no estado que atuou na escola por trinta e três anos, uma mãe de família cuja a filha estudou na escola e o pai da autora que estudou na escola, perpassando assim gerações, pois seus filhos também estudaram nessa mesma escola. O estudo também resgata o processo de fechamento da escola na Linha Três Pinheiros de Mariano Moro/RS e os resquícios de uma escola que atualmente é coberta pela mata. Ao longo de três capítulos, demonstra um pouco do histórico do município de Mariano Moro, como se deu o processo de colonização do município, constituindo assim as dezesseis escolas no campo de Mariano Moro, hoje todas fechadas, mostrando como os direitos sociais estão sendo negados para a classe trabalhadora