FREUD E O DESCENTRAMENTO DO SUJEITO

Autores

  • Luana Kimberly Almeida Universidade Federal da Fronteira Sul (Erechim)
  • Thiago Soares Leite

Palavras-chave:

Metafísica; Consciência; Psicanálise; Sujeito.

Resumo

O Cogito dá início a psicologia clássica que seria fundamentalmente atrelada ao
pensamento, dado que neste estaria a certeza da subjetividade. Assim o discurso
predominante até o século XIX era acerca do psíquico e como este era completamente
identificado como ser da consciência. Além disso, a psicologia clássica se mantinha nos
estudos acerca das faculdades mentais que sempre estariam atadas a consciência.Assim,
com o Cogito a certeza da existência do eu estaria sempre fundada nos registros da
consciência. Com a invenção da psicanalise o sujeito que não estaria mais identificado
unicamente nos registros da consciência, essa noção de sujeito sofre um descentramento
radical. De qualquer maneira, o Cogito cartesiano é uma abertura para que duzentos anos
mais tarde Freud faça a descentralização desse sujeito, o sujeito psicanalítico surge com
noções de consciência, corpo, ego e representação completamente opostas do que são em
Descartes. Ao formular a noção de inconsciente Freud desloca o psiquismo dos registros
da consciência e do ego. O sujeito freudiano é marcado pela falta de um ponto fixo,
distinto do sujeito moderno, esse sujeito não pode ter certeza de si enquanto consciência,
não existe mais a certeza de que nada escapa de suas representações. Consoante a isso,
analisaremos como Freud ao propor o conceito de inconsciente descentraliza a noção
tradicional de sujeito enquanto consciência de si.

Biografia do Autor

  • Luana Kimberly Almeida, Universidade Federal da Fronteira Sul (Erechim)

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Publicado

08-10-2024

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra - Pesquisa - Campus Erechim