O COGITO
REFLEXÕES ACERCA DO DUALISMO CARTESIANO
Palavras-chave:
Filosofia Moderna; Metafísica; Método; Ego; Cogito.Resumo
O dualismo substancial proposto por Descartes separa o sujeito em duas substâncias
distintas, a saber, a res cogitans e a res extensa. A primeira seria a substância da alma, da
consciência, aquela que exprime a essência do sujeito e a outra se refere ao corpo e aos
sentidos. Por meio do Cogito Descartes institui a soberania da consciência sobre o corpo.
É no pensamento que uma certeza indubitável é alcançada e não nos sentidos. O ergo sum
não irá se fundamentar a partir da extensão, mas por sua capacidade de representar.
Descartes ao suspender todos os juízos e ignorar todos os sentidos, encontra-se diante da
única coisa que não pode ser colocada em dúvida, si mesmo. Descartes se desdobra e por
meio desse processo passa a representar uma imagem de si mesmo enquanto coisa
pensante. O Cogito, ao contrário do que propunha Descartes, não é suficiente para fundar
o conhecimento. O Cogito não é base para todas as coisas, uma vez que a subjetividade
está inserida na coisa pensante que percebe a realidade, essa percepção não possui
garantia de veracidade só porque o conhecimento de si é estabelecido. A única certeza
que o filosofo nos dá é a existência de si como coisa pensante. O corpo e os sentidos são
colocados como secundários na apreensão do conhecimento e na representação de si. O
dualismo cartesiano se mantém obscuro e essa união substancial entre alma e corpo, como
ressalta Espinosa, vai contra a própria definição de substância, a saber, de ser
necessariamente aquilo que é. Dessa maneira, uma substância não pode ser concebida
pelo encontro de duas substancias distintas. Em vista disso, por meio da exposição oral
buscaremos expor reflexões acerca das problemáticas que envolvem o dualismo
cartesiano
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