INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO SUPERIOR: O IMPACTO DO PROJETO ESPAÇO VERDE

Autores

  • Jéssica Fernanda da Cruz Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Ceyça Lia Palerosi Borges. Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

educação ambiental; extensão; oficinas; espaços educadores.

Resumo

INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO SUPERIOR: O
IMPACTO DO PROJETO ESPAÇO VERDE

A educação ambiental surgiu como uma resposta à necessidade de compreender a
importância de respeitar o planeta para garantir a sobrevivência humana. Ela é
fundamental para que os indivíduos compreendam sua relação com a natureza e o meio
ambiente. Este processo educativo integra valores éticos e normas sociais e econômicas,
visando promover a cidadania ativa e destacando a responsabilidade compartilhada e o
sentido de pertencimento. Através da ação coletiva e organizada, busca-se entender e
resolver as causas profundas e imediatas dos problemas ambientais. A educação ambiental
ganhou destaque com a promulgação da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu a
Política Nacional de Educação Ambiental e tornou sua implementação obrigatória em
todos os níveis da educação formal no Brasil.
O projeto “Espaço Verde: uma proposta de ambientes voltados a Educação ambiental no
ensino superior” integra a educação ambiental nas atividades acadêmicas, incluindo
ensino, pesquisa e extensão, com o objetivo de aprimorar a compreensão e a análise dos
problemas sociais e ambientais. O projeto trabalha na perspectiva multidisciplinar quanto
transdisciplinar, possibilitando uma exploração completa da educação ambiental. A
criação de ambientes educativos sustentáveis facilita uma formação mais crítica do
indivíduo comprometidos com práticas sustentáveis, contribuindo para uma sociedade
orientada para o Desenvolvimento Sustentável.
Para atingir esse objetivo, foram identificados os espaços educadores não-formais dentro
do campus para a exploração de temas como reciclagem, economia de água e energia, e
respeito à biodiversidade. Estes temas são abordados em forma de oficinas intitulas
“Central de Resíduos”, “Trilha das Nascente”, “Trilha da Estação de Aquicultura” e
“Energia renovável através do Biodigestor”, entre outras. Após a preparação desses
espaços, são realizadas oficinas nas quais as escolas visitam a universidade e participam
de um circuito educativo. Durante essas visitas, os alunos têm a oportunidade de assistir a
palestras acompanhadas de banners, participar de trilhas e gincanas, e se envolver
diretamente com cada área. Eles podem visualizar cada ambiente e se familiarizar com a
importância de aprender a cuidar do nosso planeta. Aproximadamente 130 alunos já
participaram das oficinas do projeto, e observou-se que eles demonstram maior atenção às
temáticas quando estão imersos nos ambientes correspondentes. Após cada oficina, o projeto de extensão conectado com o projeto de pesquisa, são realizadas entrevistas com
as instituições participantes para coletar dados e avaliar o impacto que a atividade teve
sobre os alunos.
Com os feedbacks positivos dos alunos e professores em relação às oficinas realizadas no
projeto observa-se a eficácia das metodologias aplicadas e a importância das abordagens
práticas na educação ambiental. A satisfação dos participantes reflete não apenas o
potencial educativo desses ambientes, mas também o sucesso das oficinas, que
proporcionam uma vivência prática dos conteúdos teóricos. Esse retorno confirma a
relevância da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, evidenciando como a
integração dessas dimensões potencializa o aprendizado e promove mudanças de
comportamento sustentáveis. De maneira geral, as oficinas têm se mostrado eficazes na
motivação dos participantes e na conscientização ambiental, destacando a importância de
métodos interativos e integrados para a educação ambiental.

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Publicado

01-10-2024

Edição

Seção

Outros - Extensão & Cultura - Campus Laranjeiras do Sul