ANÁLISE DE SOBREVIDA EM PACIENTES COM OSTEOSSARCOMA
Palavras-chave:
Mortalidade; osteosarcoma; tumores malignosResumo
Osteossarcoma é a mais comum das neoplasias malignas ósseas primárias, representando até dois terços desses tumores e ocorrendo principalmente na segunda década de vida. Quanto ao prognóstico, a sobrevida em 5 anos varia bastante, ficando entre 70% e 80% em pacientes com a doença localizada. Entretanto, caso esses pacientes apresentem recorrência do tumor ou metástases concomitantes ao diagnóstico do osteossarcoma, essa taxa cai significativamente, ficando entre 20% a 30%. O presente trabalho tem por objetivo observar a relação de diferentes variáveis clínicas sobre a sobrevida em 5 anos de pacientes com osteossarcoma. Trata-se de um estudo transversal realizado com dados de prontuário eletrônico, os quais foram coletadas informações de pacientes de ambos os sexos, qualquer idade e com diagnóstico de osteossarcoma (M9180/3), atendidos em hospital terciário de Passo Fundo no período de 01/01/2013 a 28/02/2024. Foram coletados dados sociodemográficas (sexo, cor da pele, idade, escolaridade e procedencia) e, de saúde (metástases, complicações pós-operatórias, recidivas e tipo de tratamento cirúrgico). A variável de desfecho foi composto pela sobrevida em 5 anos a partir do diagnóstico ou que vieram a óbito antes. Foram descritas as frequências absolutas e relativas de todas as variáveis e estimada a prevalência do desfecho e sua distribuição conforme as variáveis de exposição por meio do teste do qui-quadrado (erro alfa de 5%). Na amostra de 44 pacientes, foi observada uma maioria de indivíduos do sexo feminino (52,3%), brancos (86,4%), com ensino fundamental incompleto (43,2%), proveniente da mesorregião noroeste do Rio Grande do Sul (84%) e idade de diagnóstico variando de 6 a 71 anos, com média de idade de 25,25 (±16,84) anos. Juntamente, Constatou-se uma prevalência de metástases de 29,5%, complicações pós-operatórias em 29,5% e 22,7% de recidivas entre os pacientes com osteossarcoma. Entre as abordagens cirúrgicas foi observada uma predominância do uso de endopróteses (43,2%), seguido de abordagens biológicas (38,6%). Quanto ao prognóstico, foi demonstrado uma sobrevida geral em 5 anos de 66%. Comparativamente, pacientes metastáticos apresentaram uma sobrevida em 5 anos de apenas 22,2% (p=0,03), enquanto entre aqueles que não desenvolveram metástases a sobrevida em 5 anos ficou em 70% (p=0,03). Complicações pós-operatórias, recidivas e entre as diferentes abordagens cirúrigcas não foram atingidas significancias estátiscas (p<0,05) para afirmar diferença de sobrevida entre os grupos. Portanto, foi constatado que o desenvolvimento de metástases é um preditor de pior prognóstico entre os pacietes com osteossarcoma, indo de acordo com a literatura médica, apesar de discodar de outros estudos no que diz respeito a impactação de complicações pós-operatórias, recidivas e abordagens cirúrgicas sobre o desfecho, estando essas variáveis possivelmente impactadas pelo tamanho amostral reduzido.
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