SUBMISSÃO E RESISTÊNCIA
A REPRESENTAÇÃO FEMININA EM A NORMALISTA, DE ADOLFO CAMINHA
Palavras-chave:
Literatura e história, A normalista, Patriarcado, Representação da mulherResumo
O presente projeto propõe um estudo da obra A Normalista, de Adolfo Caminha, por meio da análise e observação da condição feminina sob a ótica realista-naturalista nos diferentes aspectos e práticas sociais da época. Escrito em Fortaleza-CE no final do século XIX o romance aborda tópicos importantes sobre a sociedade burguesa, principalmente a violência simbólica e física contra a mulher, buscando dar visibilidade ao contexto de opressão patriarcal, em um momento histórico em que as mulheres eram silenciadas e excluídas do espaço literário brasileiro, ocupado exclusivamente por homens. A importância dessa
investigação justifica-se ao considerar-se que a literatura do século XIX, via de regra, delega às mulheres o lugar de submissão, sendo consideradas frágeis perante a sociedade. No entanto, Caminha também escreve sobre a luta e a resiliência da mulher que precisa assumir um papel dominante para sustentar sua família. Isso possibilita uma análise crítica não apenas da obra em si, mas também da sociedade que a produziu e das ideologias que a sustentavam. Esse trabalho também busca realizar um diálogo entre história e literatura, a fim de analisar a história cultural da mulher do Brasil. A pesquisa é de natureza bibliográfica, pois se baseará na análise de fontes já publicadas, incluindo o próprio romance A Normalista, textos críticos, artigos acadêmicos, livros de história e literatura, e outros documentos relevantes para o contexto do estudo e que ajudarão a compreender melhor os mecanismos de opressão e resistência que moldaram a vida das mulheres no século XIX, proporcionando uma leitura mais rica e crítica do romance e das questões sociais subjacentes a ele. Espera-se, com essa pesquisa, apresentar conclusões que respondam como a representação da mulher nesta narrativa de Adolfo Caminha reflete e critica a opressão da
sociedade patriarcal do final do século XIX no Brasil, e de que maneira os temas abordados na obra permanecem relevantes para a compreensão das questões de gênero na sociedade atual.
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