MONOCULTURAS DE EUCALIPTO E O SETOR AGROINDUSTRIAL DE CARNES NO OESTE CATARINENSE NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990: CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Palavras-chave:
História Ambiental; paisagem; espécies exóticasResumo
O setor agroindustrial de carnes se consolidou como um dos principais motores econômicos da região, empresas de grande porte, como Sadia e Perdigão, estabeleceram-se no Oeste Catarinense, incentivadas pela disponibilidade de matérias-primas e por incentivos governamentais em crédito e infraestrutura. E nas décadas de 1980 e 1990, o setor passou por transformações significativas ampliando a produção e modernizando seu parque produtivo. Isso se fez sentir também na demanda por energia, parte da qual era suprida por meio do uso de madeira, como o eucalipto (Eucaliptus sp.), espécie arbórea exótica proveniente da Austrália. Essa espécie, por possuir rápido crescimento e facilidade de adaptação a diversas regiões ecológicas foi também adotada na região para atender a demanda madeireira do setor. Dessa forma, a árvore foi amplamente utilizada na agroindústria de carnes, sendo queimada para gerar vapor e calor, essenciais para processos como a esterilização, cozimento, defumação e também aquecimento de instalações, como aviários. Através de fontes oficiais, como censos e pesquisas bibliográficas essa pesquisa procura realizar algumas considerações iniciais sobre como o crescimento do setor agroindustrial de carnes promoveu na região uma série de transformações na paisagem rural não apenas relacionadas aos chiqueiros, aviários ou a formação de monoculturas de milho e soja, fundamentais na alimentação animal, mas também no aumento da formação de monoculturas florestais, como no caso dos eucaliptos.
Palavras-chave: História Ambiental; paisagem; espécies exóticas.
Área do Conhecimento: Ciências Humanas
Origem: Pesquisa
Instituição Financiadora/Agradecimentos: Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS (bolsa). Projeto PES-2023-0030
Aspectos Éticos: não se aplica
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