PROJETO DE EXTENSÃO PEDALAR PARA QUÊ? E A DIFUSÃO DA CULTURA CICLÍSTICA E CICLOMOBILIDADE NO SUL DO BRASIL

Resumo

O projeto de extensão pedalar para quê? surgiu em 2019, em parceria com a Associação
Comunitária e Educativa Ecoefapi. Dentre estes anos se consolidou como um projeto que
busca promover a ampliação do horizonte pessoal e coletivo através das possibilidades do
uso da bicicleta e estabelecimento de parcerias tanto com a sociedade civil organizada,
quanto com os órgãos públicos relacionados à mobilidade urbana. Nesse horizonte, seu
principal objetivo é promover o uso reflexivo da bicicleta como meio de mobilidade
humana e difundir a cultura da bicicleta. O objetivo se realiza frente a realização de
oficinas de manutenção de bicicleta e educação no trânsito; minicursos,
cicloviagens-escola; palestras; participação de eventos direta ou indiretamente
relacionados com a cultura ciclística, campanhas de sensibilização que se realizam em
escolas, lugares públicos ou sede de organizações comunitárias. Também são realizados
passeios ciclísticos educativos como o Pedalada Ambiental na Floresta Nacional de
Chapecó, em Guatambu/SC e o Pedal Rumo à UFFS que visa incentivar a ida do centro de
Chapecó/SC até o campus da universidade. Entre 2019 a 2024 foram realizadas o
quantitativo das seguintes atividades: 15 passeios ciclísticos educativos; 10 de
cicloturismo; 33 eventos, 10 oficinas, sendo no total 68 atividades. Ainda, o projeto se
preocupa com a identificação de demandas da comunidade a fim de suprir necessidades
locais e a promoção de práticas sobre o uso de bicicleta. Como resultado há o
estabelecimento de sete parcerias compõe o projeto, sendo elas; O conselho regional de
Turismo do Grande Oeste; EEB Olga Fin Travi; Instância de Governança Regional
Caminhos da Fronteira; EEB Tancredo de Almeida Neves; Programa de Extensão
CICLOVIDA/UFPR; Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura e Turismo de
Guatambu, Programa de Extensão Circuito Velho Oeste/UDESC. Estas organizações
contribuem para que os objetivos do projeto materializam-se e novas dinâmicas e
reflexões sobre o uso de bicicleta tornem-se possíveis, entre elas, o direito à cidade
(Lefebvre, 2008), a humanização das cidades e a conscientização ecológica (Mészáros,
2008) (Lowy, 2014) envolvendo a população nas discussões das condições ambientais e de
mobilidade enfrentadas na cidade de Chapecó, que é um dos motivos para a continuidade
da reafirmação e ocupação dos espaços pelo projeto. Portanto, o pedalar para quê? surge
de uma provocação que contribui para a aproximação das relações humanas com o
território em que elas acontecem, possibilitando que o ciclismo não seja percebido apenas
por seu caráter esportivo, mas sim, sirva a uma percepção sociológica de justiça social,
pesquisa e participação social com a comunidade de Chapecó e região visando que mais
pessoas se mobilizem pela causa ciclística. Atualmente sua participação em diversos
eventos permitem a construção e troca de saberes com a comunidade acadêmica e não
acadêmica, destacamos a participação em 2024 no 2 simpósio de Trilha de Longo Curso;
no ConVale; no 13 Fórum Mundial da Bicicleta; 11 Bicicultura, no 42 SEURS e no
Seminário de Cicloturismo do Norte ao Sul - edição Paraná.