ESPAÇOS DE CURA: A INFLUÊNCIA DA NEUROARQUITETURA NO AMBIENTE HOSPITALAR

Autores

  • Vinícius Ferreira Campos Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Roberto Ribeiro

Palavras-chave:

neurociência, design de interiores, biofilia, arquitetura de interiores, luminotécnica

Resumo

Este artigo trata da neuroarquitetura e sua influência no ambiente hospitalar. A neuroarquitetura é uma abordagem que combina princípios de neurociência e arquitetura para criar espaços que promovam o bem-estar, inclusive para a recuperação de pacientes em ambientes de cuidados de saúde. A pesquisa tem como objetivo enfatizar a importância da consideração da neuroarquitetura no projeto e na renovação de instalações hospitalares, destacando a necessidade de abordagens baseadas em evidências para criar ambientes terapêuticos e de apoio à saúde. São discutidos, também, os desafios e as oportunidades futuras na implementação efetiva da neuroarquitetura nos projetos hospitalares. A teoria que embasa este trabalho está fundamentada na compreensão de que o ambiente físico pode afetar o estado emocional, cognitivo e fisiológico de pacientes hospitalizados. A metodologia de pesquisa bibliográfica envolve uma revisão sistemática da literatura, buscando identificar estudos que investigaram os efeitos da neuroarquitetura no ambiente hospitalar. São analisados artigos científicos, relatórios e estudos de caso relevantes, com foco na compreensão dos princípios de design arquitetônico que contribuem para a promoção de um ambiente hospitalar mais acolhedor, calmante e propício à cura. Pesquisas científicas têm demonstrado que uma abordagem consistente da neuroarquitetura no design de hospitais pode contribuir para a redução do estresse, a melhoria do conforto e a aceleração da recuperação dos pacientes. Elementos como iluminação adequada, uso de cores harmoniosas, conexão com a natureza e estímulos espaciais são considerados fundamentais para criar ambientes hospitalares que promovam o bem-estar físico, emocional e mental. Autores principais pesquisados como base teórica incluem Nogosek (2019); Pompermaier (2021); Dal`maso (2014) e Ulrich (1991). Na discussão e resultados pode-se apontar que a neuroarquitetura desempenha um papel relevante no ambiente hospitalar, uma vez que o design dos espaços pode ter um impacto significativo nos resultados terapêuticos e no bem-estar dos pacientes. A incorporação de elementos baseados no design biofílico e estímulos espaciais pode contribuir para um processo de recuperação mais efetivo. Além disso, é importante ressaltar que a neuroarquitetura, em conjunto com a psicologia, oferece conhecimentos valiosos para a compreensão do comportamento humano e das respostas aos estímulos do ambiente. Ao considerar esses aspectos, é possível criar ambientes hospitalares que promovam a cura, proporcionem conforto e apoiem o bem-estar dos pacientes. Ao considerar a influência da neuroarquitetura no ambiente hospitalar, é fundamental abordar aspectos como iluminação, cores, materiais, integração do interior com o exterior, presença de áreas verdes e ventilação natural. Esses elementos são essenciais para a criação de ambientes humanizados, que proporcionam sensações positivas aos pacientes e contribuem para acelerar o processo de recuperação. Concluiu-se que a neuroarquitetura no ambiente hospitalar representa uma abordagem inovadora e promissora, que busca melhorar a experiência dos pacientes, criar ambientes propícios à cura e promover o bem-estar. A integração dos conhecimentos da neurociência e da arquitetura oferece perspectivas valiosas para a concepção de espaços construídos que atendam às necessidades humanas e proporcionem experiências positivas. A partir dessas considerações, é possível compreender a importância de adotar abordagens da neuroarquitetura na concepção e renovação de ambientes hospitalares, visando à promoção da saúde e ao bem-estar dos indivíduos.

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Publicado

30-09-2024

Edição

Seção

Ciências Sociais Aplicadas - Ensino - Campus Erechim