HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19: PREVALÊNCIA E RELAÇÃO COM A GRAVIDADE DA DOENÇA

PREVALÊNCIA E RELAÇÃO COM A GRAVIDADE DA DOENÇA

Autores

  • Jackson Menezes Araujo UFFS
  • Shana Ginar da Silva
  • Jossimara Polettini
  • Renata dos Santos Rabello
  • Gustavo Olszanski Acrani
  • Ivana Loraine Lindemann

Palavras-chave:

Hipertensão arterial sistêmica, COVID-19, SARS-CoV-2, Gravidade da doença

Resumo

Introdução: Estudos indicam que a infecção pelo vírus causador da Coronavírus Disease-19 (COVID-19), ao se ligar ao receptor enzima conversora de angiotensina 2, pode afetar a pressão arterial e, consequentemente, desequilibrar o sistema renina-angiotensina-aldosterona, o que está intimamente relacionado ao comprometimento do sistema respiratório. Objetivo: Identificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) em indivíduos hospitalizados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no contexto da pandemia da COVID-19, assim como indicadores de gravidade da doença. Metodologia: Este estudo transversal é um recorte de uma pesquisa maior intitulada “Síndrome Respiratória Aguda Grave em Passo Fundo - RS: prevalência de vírus respiratórios e fatores associados”. Os dados foram coletados de prontuários eletrônicos do Hospital de Clínicas de Passo Fundo/RS, no período de abril de 2021 a dezembro de 2022 a partir das internações hospitalares de pacientes com SRAG registradas de 01 de janeiro a 31 de julho de 2020. Para descrição da amostra analisou-se às variáveis: HAS; sexo biológico; idade; raça/cor; escolaridade; ocupação; tipo de internação; intubação orotraqueal (OIT); uso de suporte ventilatório; realização de cultura nasofaringe; infecção adquirida no hospital; desfecho e classificação final do caso. Os dados foram analisados estatisticamente, utilizando frequências absolutas e relativas, no software PSPP (distribuição livre). O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, com o parecer de número 4.405.773. Resultados: Dos 694 pacientes internados pela SRAG, 337 (48,6%) apresentaram HAS. Destes, 51,6% homens, 90,5% brancos, 71,9% com mais de 60 anos, 51,9% com ensino fundamental completo, 56,5% estavam em ocupação ativa. Além disso, 54,2% ficaram em enfermaria/leito clínico, 47,2% foram submetidos à OIT, 80,7% utilizaram suporte ventilatório, 40,2% testaram positivo para algum patógeno em exame de cultura nasofaringe, sendo 46% por infecção não adquirida no hospital. Por fim, 63,8% tiveram resultado de infecção final como SRAG por COVID-19, e 66,1% alcançaram a cura ou alta.  Conclusão: A HAS é uma comorbidade comum entre pacientes hospitalizados com SRAG por COVID-19, os quais são predominantemente homens brancos, com mais de 60 anos, ensino fundamental completo, em ocupação ativa, que foram internados em enfermaria ou leito clínico, em uso de suporte ventilatório, e que alcançaram a cura ou alta.

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Publicado

04-10-2024

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Pesquisa - Campus Passo Fundo