INTOXICAÇÃO POR MONSTERA DELICIOSA E SANSEVIERIA TRIFASCIATA EM ANIMAIS DE COMPANHIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Palavras-chave:
Plantas tóxicas, Oxalato de Cálcio, Saúde animal, Monstera deliciosa, Sansevieria trifasciataResumo
A intoxicação animal por plantas é altamente comum em território brasileiro. Conforme dados coletados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) revelam que de 846 casos de intoxicação animal, 71 envolvem plantas ornamentais no Brasil. Diante disso, a literatura retrata cerca de 24 espécies de vegetações com potencial tóxico para animais e humanos, sendo que 6 delas são comumente utilizadas como ornamentais em casas e jardins, aumentando o risco de contaminação de cães e gatos. Por este motivo, o presente estudo teve como objetivo apresentar e conscientizar acerca da toxicidade de duas das plantas mais utilizadas como ornamentais no Brasil, as quais são responsáveis por causar intoxicações em cães e gatos. Foram pesquisados artigos científicos indexados nas plataformas Scielo e Google Scholar buscando pelas palavras-chave “plantas tóxicas para animais”, “oxalato de cálcio”, “Monstera deliciosa”, “Sansevieria trifasciata”, “intoxicação em animais”, entre os anos de 2010 e 2024. Além disso, foram consultados documentos públicos disponíveis para acesso via internet, bem como livros encontrados na biblioteca da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza. Somaram-se para a pesquisa 6 artigos científicos de diferentes autores e 4 livros físicos de plantas tóxicas, daninhas e ornamentais. Assim, foi possível observar a toxicidade de plantas comumente utilizadas para decoração, sendo elas, a Costela-de-Adão (Monstera deliciosa) e a Espada-de-São-Jorge (Sansevieria trifasciata). A Monstera deliciosa contém folhas com cristais de oxalato de cálcio, de onde provém sua toxicidade, causando dor, irritação das mucosas, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, edema de lábios, língua e palato quando ingerida por animais de pequeno porte. Já a Sansevieria trifasciata apresenta sua toxicidade devido a presença de glicosídeos pregnânicos e saponinas esteroidais, que são substâncias que causam dificuldade de movimentação e de respiração, devido à irritação da mucosa e salivação intensa que os pequenos animais realizam. O diagnóstico de intoxicação dificilmente é realizado corretamente, devido à falta de histórico e sintomas brandos. Portanto, a melhor opção é a prevenção, através do enriquecimento ambiental e atividades físicas que evitem o estresse e o tédio que precedem o hábito de ingerir as plantas ornamentais. Além disso, é importante prevenir o consumo, não deixando acessível plantas tóxicas aos animais filhotes ou curiosos com histórico de consumo inadequado de objetos. Para isso, é necessário que os tutores tenham conhecimento sobre quais são as plantas com potencial tóxico.
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