OFICINA DE REPELENTES NATURAIS
UMA EXPERIÊNCIA PRÁTICA E EDUCATIVA SOBRE O AEDES AEGYPTI
Palavras-chave:
Ensino de Ciências, Formação de Professores, Estratégias Didáticas, Extensão UniversitáriaResumo
O presente relato tem como objetivo refletir sobre uma experiência formativa referente ao desenvolvimento de uma oficina sobre a temática da dengue e produção de repelente caseiro, desenvolvida com o grupo de escoteiros do município de Cerro Largo-RS. A atividade foi uma proposta dentro do componente curricular “Prática de Ensino: Educação Ambiental”, com o objetivo dos licenciandos se mobilizarem diante da problemática vigente enquanto desenvolvem a extensão universitária. A oficina foi desenvolvida através do “Projeto Interdisciplinar” em conjunto com as atividade de extensão, sendo um trabalho dentro dos componentes de prática de ensino, presente em todos os semestres durante a formação docente, com o principal objetivo de promover a integração entre as diferente áreas do conhecimento, mobilizando os conhecimentos teóricos no desenvolvimento de uma atividade prática, além de estabelecer um vínculo com a comunidade através da extensão. Especificamente, a oficina teve como objetivos específicos, informar sobre a Dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, explicar como essas doenças são transmitidas, seus sintomas, riscos e a importância da prevenção, destacando as necessidades de medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito e as doenças associadas e fornecer instruções claras e práticas sobre como fabricar velas repelentes usando ingredientes acessíveis e seguros, promovendo o uso de ingredientes naturais e métodos de produção caseiros que são ecologicamente sustentáveis e economicamente viáveis. A oficina foi desenvolvida em três momentos, sendo que no primeiro momento foi apresentado de forma dialogada e expositiva uma introdução sobre os sintomas da doença da dengue, as principais formas de transmissão e métodos de prevenção, além de mostrar e falar sobre a importância das plantas medicinais repelentes. No segundo momento, os integrantes realizaram três atividades de fixação de conteúdo, sendo selecionados para essa etapa materiais de fácil acesso e compreensão, como cruzadas sobre os focos da dengue e o ciclo de vida do mosquito A. aegypti, para que os integrantes do grupo de escoteiros pudessem fazer exercícios de fixação sobre a temática da dengue, como também compreender a importância da prevenção dos focos, além de uma terceira atividade, que consistia em montar um modelo 3D, visando demonstrar a anatomia do mosquito. Posteriormente, partindo para a finalização da oficina, se deu o terceiro momento onde confeccionamos velas repelentes naturais, juntamente com os integrantes do grupo de escoteiros, utilizando como ingrediente principal a essência de citronela, usada para potencializar a eficácia do repelente caseiro. Assim, diante do exposto, entendemos que, oficinas práticas promovem o engajamento e a cooperação dentro da comunidade. Ao participar da criação de soluções, os membros da comunidade tornam-se mais engajados na prevenção da dengue e em outras iniciativas de saúde pública. Assim, destaca-se a relevância de atividades na formação inicial de professores que estimulem o desenvolvimento de ações de extensão e mobilização frente a problemáticas sociais, pois, além de contribuir para a formação científica e cidadã do público alvo dessas ações realizadas, é importante para a capacitação profissional dos futuros professores, formando profissionais críticos, autônomos e capazes de propor soluções e se posicionar frente a problemáticas.
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