MÍDIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: IMPACTO NA COMPREENSÃO E SENSIBILIZAÇÃO ESTUDANTIL

Resumo

Respaldamos o ensino de Ciências com foco em um futuro sustentável por meio da Educação Ambiental (EA), o que exige um trabalho transversal no ensino de ciências para reduzir os efeitos causadores das atividades antrópicas. Os cientistas enfrentam dificuldade para fazer as pessoas compreender o problema ambiental, bem como encontrar soluções inovadoras para contribuir com o público em geral. Para tanto, o objetivo dessa pesquisa foi analisar se o uso estratégico da mídia que trata da EA de forma transversal no ensino de ciência tem impacto positivo na compreensão dos alunos. Uma análise qualitativa foi realizada em uma revista de EA, chamada: Revista Sergipana de Educação Ambiental (ReviSea) no período 2021, sendo encontrados (por meio de descritores: Ciências, filmes, vídeos e/ou documentários) 19 artigos publicados, porém um foi selecionado que continha como mídia os documentários comerciais: "Estamos criando um oceano de plástico? MARES LIMPOS #1" (D1) e “Manguezais em Alagoas: a vida na lama” (D2), sendo que os 18 não selecionados não continham títulos de mídias comerciais. Os documentários D1 e D2, foram incluídos no Modelo de Rotação de Estação, por serem uma poderosa ferramenta de sensibilização para a EA. E para provocar uma mudança positiva na atitude em relação ao uso e descarte de plásticos, o documentário D1 foi utilizado justamente por mostrar o impacto do crescimento dos plásticos nos oceanos, na poluição causada pelo descarte inadequado desses materiais e como afetam a vida marinha. Já o ducumentário D2,  trata do contexto dos manguezais da região de Aracaju-SE, trazendo a sua rica biodiversidade e importância ecológica, mostrando como os manguezais são berços de inúmeras espécies marinhas e que pela sua própria existência, esse ecossistema torna possível a vida para muitas outras formas, desstacando também, as comunidades que vivem dos e nos manguesais. Esse documentário serviu como recurso para  sensibilizar sobre a importância de se conservar os manguezais, que são ecossistemas importantes para a biodiversidade e para a proteção das zonas costeiras. A EA fica mais rica quando se faz o uso de mídias  que que deixam claro a relação antrópica e os danos provocados na natureza, estimulando a reflexão e a adoção de atitudes sustentáveis. O objetivo da atividade foi verificar como o Modelo de Rotação de Estações contribui para a autonomia estudantil por meio da avaliação dos impactos socioambientais nos manguezais de Aracaju-SE. A atividade foi dividida em momentos pedagógicos: discussão em grupo, brainstorming e Modelo de Rotação de Estação. Nas atividades, os alunos debateram o assunto, responderam a uma pergunta norteadora e desenvolveram propostas de estações. Os resultados apontaram a importância das práticas educativas híbridas para a formação de sujeitos crítico-reflexivos. Conclui-se que as mídias utilizadas são práticas em termos de formação crítica e conscientização dos alunos em relação à EA. Dessa forma, a Lei nº 13.006/2014, ao incluir filmes nacionais no currículo escolar, ajuda a agregar conhecimentos de EA de forma inclusiva, transversal e multidimensional. O uso estratégico das mídias no ensino de Ciências, aliado às aulas teóricas e práticas, enriquece a aprendizagem com foco na EA pelos alunos.