CONTAGEM DE AERÓBIOS MESÓFILOS EM QUEIJOS COMERCIALIZADOS NO SUDOESTE DO PARANÁ

Autores

  • Jullya Ogrizio Medeiros UFFS
  • Jaine Dochvat Ireno UFFS
  • Ana Julia Borges Hall UFFS
  • Samara Vitória Lampugnani UFFS
  • Pietra Tessari Soligo UFFS
  • Maria Eduarda Kawka UFFS
  • Giordanna Pereira Gomes
  • Karina Ramirez Starikoff

Palavras-chave:

Doenças Transmitidas por Alimentos;, Lácteos, Microbiologia de alimentos;, Saúde Pública

Resumo

A região Sudoeste do Paraná é uma área de transição entre diversos biomas brasileiros, incluindo a Mata Atlântica, conhecida por sua rica biodiversidade e saberes culturais dos povos originários presentes na agricultura familiar. O que influencia tanto a produção agrícola quanto a pecuária e suas formas de criação animal. O objetivo desta pesquisa foi fazer uma análise quantitativa das bactérias aeróbias mesófilas presentes em cinco amostras de queijos comercializados sem rotulagem, oriundos de produção artesanal. Para isso foi utilizado o método de plaqueamento APHA 08:2015 para contagem total de aeróbios mesófilos em alimentos e a técnica de inoculação pour plate (em profundidade). Desse modo, retiram-se pequenas porções da amostra com distribuição heterogênea até somarem 25g, que foram diluídas em 225 mL de água peptonada 0,1% para formar a primeira diluição (10-1). Foram realizadas diluições sucessivas até 10-6. Em seguida, 1 mL de cada diluição foi inoculada nas placas em duplicata e, por fim, adicionou-se o ágar para contagem padrão em placa (PCA), concluindo o método eletivo de plaqueamento. As placas foram invertidas e incubadas em estufa bacteriológica a 37°C por 48 horas. Ao término, selecionou-se as placas que, visualmente apresentaram em torno de 25 a 250 colônias e com o auxílio de um contador de colônias e lupa foram quantificadas todas as unidades formadoras de colônias (UFC), considerando a média aritmética da contagem obtida pelas duplicatas correspondentes. Os resultados obtidos foram de 6,85.104, 5,45.106, 3,22.107 e 2,28.105 UFC/g. A duplicata 10-6 da última amostra superou substancialmente a margem de colônias contáveis. Esses resultados sugerem que as condições higiênico-sanitárias durante a fabricação dos queijos são falhas e pouco seguras para a saúde do consumidor, o que deve contribuir para com surtos de DTAs (Doenças Transmitidas por Alimentos) e, concomitantemente, prejuízos à saúde pública. Além disso, aeróbios mesófilos são microrganismos cuja temperatura ótima para multiplicação é de 37°C, ou seja, temperatura ambiente, demonstrando também que, a exacerbada quantidade de bactérias contribui para a diminuição da vida útil do produto (vida de prateleira) e isso ocorre devido à falta de fiscalização sanitária. Considerando esses aspectos, cabe a necessidade da adoção de medidas que protejam tanto o consumidor quanto a reputação dos produtores locais, seja por meio de regulamentação técnica ou fiscalização local mais rigorosa. Dessa forma, assegurando a segurança alimentar e a qualidade dos alimentos.

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Publicado

13-10-2024

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Pesquisa (TCC) - Campus Realeza