ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM COVID-19: REVISÃO INTEGRATIVA
Palavras-chave:
SARS-CoV-2, COVID-19, Complicações cardiovascularesResumo
Introdução: O vírus síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), responsável pela Coronavírus Disease-19 (COVID-19), tem sido associado a danos extensos no sistema respiratório e cardiovascular. Objetivo: Analisar e sintetizar dados da literatura sobre as complicações cardiovasculares em pacientes com Covid-19, contribuindo para a atualização de profissionais e estudantes da área da saúde. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, por meio de uma pesquisa qualiquantitativa. Para este estudo, foram consultadas as bases de dados Scielo e Pubmed, utilizando os descritores: “cardiovascular complications” e “COVID-19 and coronavírus”, resultando em 4.526 artigos. Como critério de inclusão, considerou-se metanálise, revisões sistemáticas e artigos publicados entre o ano de 2019 a 2024, na língua portuguesa e inglesa, totalizando 209 artigos, dos quais 8 artigos foram selecionados para síntese. Resultados: Constatou-se que as complicações da COVID-19 são mais prevalentes em pessoas com mais de 75 anos. Esses pacientes apresentam inflamação sistêmica exacerbada, com diversos marcadores inflamatórios elevados, hipóxia tecidual, disfunção endotelial e lesões cardíacas. As autópsias mostraram lesões cardíacas em 75,8% dos casos, sendo mais frequente em pacientes hipertensos (38%). A arritmia mais comum foi a taquicardia sinusal (72%), associada ao uso de hidroxicloroquina e azitromicina. Os pacientes apresentaram um risco 3,63 vezes maior de acidente vascular cerebral, além de eventos trombóticos, infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca. Em gestantes infectadas, há um risco elevado de pré-eclâmpsia, eclâmpsia, hipertensão, insuficiência cardíaca e trombose, com um risco 2,4 vezes maior de parto prematuro. Por outro lado, crianças e adolescentes infectados pelo vírus apresentaram desfechos favoráveis com a recuperação completa da COVID-19. Conclusão: Esses desfechos corroboram para considerar a inflamação sistêmica exacerbada como um fator crucial para a correlação entre a infecção por COVID-19 e complicações cardiovasculares, destacando a necessidade de vigilância contínua de pacientes que foram infectados pelo vírus. Nesse sentido, novos estudos são necessários, em virtude da escassez de publicações sobre a temática.
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