EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS DE PASSO FUNDO

UM PROJETO DE EXTENSÃO

  • Camila Lemos Oliveira UFFS
  • Iully Silva Hilarino UFFS
  • Carine Elizabeth de Oliveira UFFS
  • Thalita Cristine Almeida UFFS
  • Renata dos Santos Rabello UFFS
Palavras-chave: educação em saúde, extensão, educação sanitária

Resumo

A saúde é um aspecto fundamental para a qualidade de vida de um indivíduo. O ser humano está inserido dentro de um ecossistema e o seu bem estar conecta-se com as condições ambientais e a saúde de outros seres. Desta maneira, as ações de intervenções em saúde devem abranger todo o contexto ambiental, social e econômico dos indivíduos. O projeto “EducAção em Saúde – Ampliando Conhecimentos e Práticas Saudáveis”, vinculado à Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Passo Fundo, atua em prol da educação sanitária das comunidades, isto é, a integração entre a saúde humana, animal e ambiental. Nesse sentido, os alunos bolsistas e voluntários, que são estudantes de Medicina, realizam atividades de promoção da saúde nas escolas inseridas no município de Passo Fundo/RS, dialogam sobre diversos temas relevantes, como dengue e hábitos de higiene. O debate desses assuntos é essencial para promover uma educação em saúde capaz de modificar a realidade social, especialmente quando realizado com crianças, que são potenciais disseminadores de informações. Com esse objetivo em vista, foram realizadas rodas de conversa com os estudantes do sexto ao nono ano das escolas de Passo Fundo, abordando formas de se prevenir da dengue e de manter a cidade limpa, além de conversar sobre hábitos de higiene, visando a manutenção de uma boa saúde corporal. A dinâmica foi guiada com perguntas e respostas, como “Quem toma banho todos dias?”, “É certo utilizar cotonete para limpar o ouvido?”, “Vocês sabem manter o mosquito da dengue longe das nossas casas?”, entre outras, acompanhadas da explicação de cada uma dessas questões, de forma adaptada para cada faixa etária. No final, também foi distribuído uma atividade lúdica de cruzadinha sobre o assunto, que foi feito junto com os alunos, para a melhor fixação do assunto abordado, além de atividades de colorir. Vale ressaltar que muitas escolas têm um público vulnerável, então foi preciso adaptar o debate e deixar claro que, para manter uma boa higiene, não é preciso utilizar itens caros ou muito elaborados: reforçou-se sobre o ato de tomar banho na ausência de chuveiro, com o auxílio de baldes ou mangueiras, e também sobre limpar os dentes nos casos em que não se tem uma escova dental, por exemplo. A partir disso, as crianças e adolescentes demonstraram mais interesse na compreensão de tais ações, e participaram ativamente com muitas perguntas e relatos de experiências pessoais, tornando a experiência enriquecedora, tanto para os alunos do ensino fundamental quanto para os acadêmicos de medicina. Logo, destaca-se a importância de planejar as atividades de educação em saúde com o enfoque voltado para o público-alvo e as suas características. Haja vista que, uma intervenção que considera os aspectos biopsicossociais da comunidade resulta em um saldo positivo tanto para a continuidade do projeto quanto para a população. Essa, é compreendida em sua totalidade e tem a variável saúde amparada e não discriminada ou segregada. Portanto, é crucial dar continuidade a essas atividades, proporcionando às crianças uma experiência completa, que seja saudável e acolhedora.

Publicado
31-10-2023