AVALIAÇÃO DA TOXIDADE DA SOLUÇÃO CRIOPROTETORA PARA SÊMEN DE JUNDIÁ (Rhamdia sp.)
Resumo
A criopreservação de sêmen pode ser considerada uma grande ferramenta para pisciculturas produtoras de juvenis, pois apresenta uma série de vantagens como: economia quanto a espaço destinado a manutenção de reprodutores, melhor controle nas linhagens genéticas, minimização na assincronia de maturação dos gametas, facilidade do transporte e troca de material genético entre pisciculturas, e ainda melhor controle sanitário. Para que se tenha sucesso na criopreservação o sêmen deve apresentar boa qualidade, deve ser fresco, além de necessitar uma técnica adequada para o procedimento. Sabidamente, as soluções crioprotetoras apresentam um certo grau de toxidade enquanto o sêmen não é congelado, necessitando agilidade no processo de mistura da solução crioprotetora e o congelamento. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar a toxidade em função do tempo de exposição do sêmen de jundiá (Rhamdia sp.) para duas diferentes soluções crioprotetoras. Para tal, foi avaliado a motilidade do sêmen após diferentes tempos de exposição a solução crioprotetora, sendo os tempos zero, 30 segundos, 1; 2 e 4 minutos de duas soluções crioprotetoras para sêmen de jundiá. As soluções crioprotetoras utilizadas foram glicerol 10%, leite em pó 5% e glicose 10% diluídos em água destilada e metanol 10%, leite em pó 5% e glicose 10% diluídos em água destilada. Inicialmente foi coletado sêmen de cinco exemplares de jundiá com o peso médio de 600g, em seguida foi realizado pool de sêmen e amostras foram misturadas as soluções ativadoras e posteriormente avaliado o tempo de motilidade após a exposição nos diferentes tempos. Não foi observado diferença nos tempos de motilidade do sêmen em todos os tempos de exposição para a solução a base de metanol, apresentando um tempo médio de motilidade de 102 segundos. Para a solução a base de glicerol, não foi observado nenhuma motilidade após 4 minutos de exposição, evidenciando o comprometimento da qualidade do sêmen, enquanto entre os tempos zero, 30 segundos, 1 e 2 minutos, não foi observado diferença nos tempos de motilidade com um valor médio de 112 segundos.
Copyright (c) 2023 Luis Felipe Pereira de Abreu, Marcos Weingartner, Fernando Olenicz
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