PARÂMETROS BACTERIOLÓGICOSDO SÊMEN BOVINO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • André Marcos Dezan Bieniek UFFS
  • João Vitor Pchirmer UFFS
  • GUILHERME HENRIQUE MALINOWSKI UFFS
  • Mariana Valentini Casagrande UFFS
  • Maria Eduarda Pogorzelski UFFS
  • Gabriela Gonçalves Fagundes UFFS
  • Isadora Carazza Castagnaro UFFS
  • Gabriela Salete Vasconcelos UFFS
  • João Vitor Nunes Cazassa UFFS
  • Nicole Strozack Marcom UFFS
  • Susamara Souza Silva UFFS
  • Maria Eduarda Saggin UFFS
  • Leticia De Azevedo
  • Daniele Camila Hiert UFFS
  • Eduarda Aline Ambrosio UFFS
  • Camila Keterine Gozerlanski Trenkel
  • Adalgiza Pinto Neto UFFS
Palavras-chave: Contaminação; Microrganismos; Boas práticas; Inseminação artificial

Resumo

Segundo dados do IBGE de 2022, o rebanho bovino brasileiro apresentava mais de 234
milhões de cabeças sendo o segundo o ranking de maior rebanho bovino. Parte deste mérito se
deve a inseminação artificial(IA) a qual é uma biotecnologia da reprodução que se tem fácil
implantação promovendo adequado retorno econômico, trazendo grandes vantagem quando
comparada com a monta natural. A utilização de sêmen de qualidade está atrelado a um maior
retorno econômico em biotecnologias da reprodução assistida, como a inseminação artificial.
Monteiro 2021 destaca que a adequada higiene e utilização de boas praticas para coleta de sêmen
reduzem o risco de contaminação do ejaculado, a qual se não levada em conta pode por reduzir a
qualidade espermática. A utilização de sêmen contaminado na IA ou a realização da biotécnica
sem a devida higiene do inseminador e materiais utilizados, estão ligados à baixos índices de
conspeção ou ainda a quadros de infecção uterina em fêmeas bovinas, associado aos fatores e
mecanismos imunológicos. Estudos apontam a presença de microrganismos comensais na
cavidade prepucial de touros, dentre os microrganismos encontrados rotineiramente, podemos
citar: Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aeruginosa, Streptococcus spp., Escherichia
coli, Pseudomonas aeruginosa., Bacterium spp., Alcaligenes Faecalis, Pseudomonas Pyocyanea,
Proteus Vulgaris, Micrococcus spp., Acinetobacter spp., Bacillus spp., Corynebacterium sp.,
Micrococcus luteus, além de alguns fungos e leveduras. Podendo haver presença bactérias com
potencial zoonótico como Brucella abortus que pela utilização de sêmen de reprodutores
contaminados introduzidos diretamente no útero podem desencadear infecção. Desta maneira
destaca-se o sêmen como potencial contaminante causador de doenças em bovinos e em outros
animais, causando prejuízos financeiros significantes, como nos casos de Brucelose, afecção que
desencadeia inúmeros impactos reprodutivos e produtivos em todo o rebanho. Portanto, deve-se
priorizar a utilização de reprodutores com certificação sanitária e sem histórico de doenças.
Ademais, é crucial a adoção de boas práticas de higiene e processamento do sêmen, desde a
coleta, envase e IA. Garantindo a inocuidade do processo e saúde dos animais.

Publicado
11-10-2023