A PERCEPÇÃO DE PRODUTORES RURAIS SOBRE A EXTENSÃO RURAL

  • GUILHERME HENRIQUE MALINOWSKI UFFS
  • GABRIELA SALETE VASCONCELOS
  • MARIANA VALENTINI CASAGRANDE
  • JOÃO VITOR PCHIRMER
  • MARIA EDUARDA POGORZELSKI
  • SUSAMARA DE SOUZA DA SILVA
  • ANDRE MARCOS DEZAN BIENIEK
  • ISADORA CORAZZA CASTAGNARO
  • GABRIELA GONCALVES FAGUNDES
  • JOÃO VICTOR NUNES CAZASSA
  • MARIA EDUARDA SAGGIN
  • LETICIA DE AZEVEDO
  • DANIELE CAMILA HIERT
  • NICOLE STROZACK MARCOM
  • ISADORA CESCA POSSAMAI
  • JULIA MARA FRIGO
  • EDUARDA AMBROSIO
  • ISABELI PASTORE
  • EDUARDO CRESTANI GONÇALVES
  • CAMILA KETERINE GORZELANSKI TRENKEL
  • IUCIF ABRÃO NASCIF JÚNIOR
  • ADALGIZA PINTO NETO
Palavras-chave: Agricultura familiar; Assistência técnica; Produção leiteira; Bovinos

Resumo

A extensão rural começou no Brasil por volta de 1948 e desde então três formas de se pensar     sua teoria e suas metodologias foram discutidas. Sendo o “humanismo-assistencialista”, o “difusionismo-produtivista” e o “humanismo-crítico”. No princípio, o extensionista era considerado um instrumento de civilização para a população do campo, sendo encarregado como agente do Estado para ensinar práticas básicas para a população, como higiene pessoal. Posteriormente, a partir dos anos 70, com o período da revolução verde, os extensionistas ganharam outro papel. Nesse segundo período, o técnico era responsável por “ensinar fazendo” e as tecnologias eram apenas repassadas aos produtores. Com o aumento da desigualdade econômica e social entre o agronegócio e o restante dos camponeses, autores passaram a defender um novo modelo. Para eles, o processo de assistência técnica precisava estar ligado às diferentes realidades sociais e econômicas da população do campo, moldando suas metodologias para alcançar verdadeiramente a todos que trabalham no campo. Após anos de debate, o Brasil passou a discutir um novo formato de assistência técnica e aprovou políticas públicas como a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER). Mesmo com o avanço das propostas e a tentativa de aumentar os recursos da assistência técnica, os produtores rurais ainda não se sentem assistidos por um programa de extensão rural público. Portanto, o objetivo deste trabalho foi analisar a percepção dos produtores de leite assistidos pelo programa de extensão rural do Estado do Paraná no município de Realeza-PR sobre a assistência técnica recebida. O trabalho foi realizado após a devida aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob protocolo número 6.061.377. Foram visitadas 21 propriedades rurais produtoras de leite e que recebem assistência do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). Dos 21 produtores que responderam o questionário, 14 (66,67%) afirmaram que não adotam todas as recomendações técnicas do extensionista. Contudo, 19 produtores (90,48%) afirmaram que tem bom diálogo com o técnico e que explicam para ele os motivos pelo qual não concordam com alguma indicação. Ainda, durante a aplicação dos questionários, ficou evidente que a maioria dos produtores não se sentem assistidos pelo programa de extensão. Portanto, existem dificuldades por parte dos extensionistas em mudar a percepção dos produtores sobre o projeto nas propriedades. As dificuldades podem acontecer pela frequência de visitas, número de técnicos disponíveis e outros fatores que dependem de novos trabalhos para serem mensurados.

Publicado
11-10-2023