A EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A PARTIR DO OLHAR SOB OS MOVIMENTOS DE OCUPAÇÕES SECUNDARISTAS NA AMÉRICA LATINA

Resumo

O presente resumo apresenta o projeto de pesquisa utilizado pela discente para o desenvolvimento da dissertação no Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó, tendo como tema as jornadas de luta de estudantes secundaristas na América Latina que utilizaram da ação política direta de ocupações temporárias de prédios escolares. Focando principalmente em movimentos realizados no Brasil nos anos de 2015 e 2016 e sua influência direta dos movimentos de ocupação escolar de datas anteriores - do Chile (2006 e 2011) e Argentina (2010). O trabalho em desenvolvimento visa debruçar-se nos acontecimentos históricos de tomada de escolas secundaristas - feitas através de movimentos estudantis e entendê-las como atos de resistência de juventudes - categoria social ampla e plural - ao avanço do neoliberalismo no Sul Global, mais precisamente, na América Latina, ao considerá-las uma provável tendência geopolítica, desenvolvendo a hipótese de que é possível enxergar estes movimentos - não como um bloco homogêneo, mas como movimentos estudantis históricos com congruências em suas práxis, ou seja, com similaridades em suas capacidades de ações para a transformação do mundo, submetendo-os à análise da possibilidade de serem exemplos do conceito de educação democrática. Com o pressuposto de que essa capacidade de participação política dos estudantes, manifestada no ato de questionar as variadas condições de suas escolas, ou ainda políticas públicas (suas reivindicações gerais), podem sinalizar que os envolvidos estariam em um movimento de pensar criticamente sobre a própria realidade da educação, ou seja, um pensamento crítico, revelando uma guinada à emancipação. Deste modo, o trabalho tem a intenção de partir para a reflexão geral da potencialidade desses atos políticos de oferecer à formação de professores exemplos ricos à serem explorados e estudados, uma vez que, como educadores, estes participam da formação de sujeitos para o mundo, com o potencial de pensar novas práticas educativas através do protagonismo estudantil ao debruçar-se na própria função do professor e do estudante no processo de educação democrática.