A Luta pela Terra Enquanto Resistência

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo entender e demonstrar como se deu o processo de Luta pela Terra que possibilitou a criação do assentamento Dez de Maio. Fazendo isso a partir da análise bibliográfica, da análise de documentos históricos encontrados junto aos próprios assentados, ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra e também junto a instituições do Estado. Também sera de fundamental destaque os relatos dos assentados que participaram desse processo de Luta pela Terra, além do relato de algumas das lideranças do MST que participaram e estiveram acompanhando toda essa Luta. O estudo vai se dividir na análise de quatro acampamentos que estão diretamente ligados a concepção do Dez de Maio enquanto assentamento. São eles: O acampamento “Quarta Conquista” que foi criado com o intuito de ocupar a área que depois viria a ser o assentamento e por isso se configurando como início da Luta por esse pedaço de terra. Na sequência veio o acampamento “Chicorrita”, como uma espécie de momento de transição após o fim do primeiro acampamento e a posteriori existência do terceiro. Que no caso e o acampamento do “Silo”, o qual se apresenta como o maior em número de acampados, fazendo deste uma experiência específica, que demandou níveis de organização maior em relação aos outros. O quarto dessa lista e o acampamento do “Gordo” que vem como um desdobramento do anterior e se colocando como o último momento antes da conquista do assentamento Dez de Maio. Esse estudo ira procurar compreender a partir desses acampamentos, como se deu o processo de luta pela terra, entendendo que esse processo se deu em uma área com histórico prévio de lutas pela terra e que concentrou também a característica de ocorrer no período em que se deu os dois primeiros governos Lula. Entregando características específicas e comuns em relação a outros processos de luta pela terra.