ANESTESIA EM LEITÃO DA ESPÉCIE Sus scrofa domesticus RELATO DE CASO

  • Thais Teixeira De Souza UFFS
  • Marcio Oleszczyszyn
  • Marina Marangoni
  • Pollyana Freisleben
  • Carla Eduarda dos Santos Ferreira
  • Ana Luiza Castanho
  • Gentil Ferreira Gonçalves
Palavras-chave: Cirurgia, Evisceração, Monitoramento anestésico, Suíno.

Resumo

Os suínos são mundialmente conhecidos devido à sua importância na agriculta e na criação de animais. A anestesia e o manejo é um desafio já que sua anatomia dificulta uma contenção manual e, além disso, existem poucas veias superficiais, localizadas apenas na parte dorsal das orelhas. Foi atendido na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária Universitária (SUHVU) da Universidade Federal da Fronteira Sul um suíno da espécie Sus Scrofa domesticus de 1,300 kg. Durante a consulta foi realizado anamnese e exame físico sendo que, os parâmetros fisiológicos como frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura, (°C), tempo de preenchimento capilar estavam dentro do normal para a espécie. Foi localizada uma laceração de pele e musculatura em região lateral do abdômen e uma evisceração em lateral do abdômen com exposição de alças intestinais. O paciente foi estabilizado com o enrofloxacina (10 mg/kg) e meloxicam (0,4 mg/kg) via intramuscular e foi realizado o encaminhamento para a cirurgia. No mesmo dia, o animal foi conduzido para o procedimento cirúrgico e, como medicação pré-anestésica foi administrada morfina (0,4 mg/kg) para analgesia, midazolam (0,4mg/kg) para relaxamento muscular e zoletil (5mg/kg) como contenção química. Para indução anestésica foi utilizada máscara facial e o agente indutor foi o isoflurano. O suíno ficou durante o procedimento com a máscara facial recebendo oxigênio (2,5 L/min) e isoflurano calibrado com vaporização ajustada para manter o paciente em plano anestésico adequado, na variação de 0 até 0,5%. Foi realizado o bloqueio local da parede abdominal na região da evisceração com lidocaína sem vasoconstritor (5mg/kg). Durante o procedimento a monitoração anestésica foi realizada por meio da aferição da frequência cardíaca e do ritmo cardíaco, através do eletrocardiógrafo, observação da frequência respiratória por meio dos movimentos abdominais e a temperatura retal. O procedimento cirúrgico foi realizado em 30 minutos; e nesse período, os parâmetros fisiológicos permaneceram dentro do normal para a espécie: a temperatura corporal variou de 33 °C a 35°C, a frequência respiratória de 20 a 50 movimentos respiratórios por minuto e, a frequência cardíaca de 150 a 180 batimentos por minuto a qual se manteve acima do fisiológico e mantido em plano adequado durante todo o procedimento. Considerando o que foi observado, compreende-se a importância de possuir conhecimentos específicos sobre os procedimentos anestésicos com leitões para garantir uma adequada anestesia.

Publicado
15-10-2023