TRATAMENTO DE SEMENTES COM ÁCIDO ASCÓRBICO EFEITOS NO POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES E PRODUÇÃO DE MUDAS DE CHICÓRIA

  • Alessandra De Marco Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Adão Nelson Deloss Gullich Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Karolina Bressan Rheinheimer Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Alexandre Dezanoski Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Vanessa Neumann Silva Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Embebição de sementes; Cichorium endivia L.; germinação de sementes; crescimento de mudas.

Resumo

A chicória (Cichorium endivia L.) é originária da Índia Oriental e tem sido apreciada na
alimentação humana desde os tempos do Egito antigo. O seu estabelecimento no campo
está diretamente relacionado ao elevado potencial fisiológico da semente, ou seja, à alta
viabilidade e vigor. Uma possibilidade recente, é o uso do ácido ascórbico no tratamento
de sementes, que desempenha um papel essencial como metabólito nas plantas e está
envolvido na regulação de diversos processos fisiológicos. Desta maneira, objetivou-se
avaliar o efeito de diferentes períodos de embebição das sementes de Chicória Lisa em
solução de ácido ascórbico, no potencial fisiológico de sementes e na produção de
mudas em ambiente protegido. Os ensaios foram executados no laboratório de Sementes
e na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Chapecó,
utilizando-se 4 tratamentos e 5 repetições, totalizando 20 unidades experimentais para
cada ambiente de produção. Os tratamentos foram : T0: controle (sem embebição das
sementes ); T1: Imersão das sementes em 0,1 mM de ácido ascórbico (AAsc) por 12
horas; T2: Imersão das sementes em 0,1 mM de ácido ascórbico por 30 minutos e T4:
Imersão das sementes em água destilada por 12 horas. Em laboratório, as variáveis
analisadas foram: germinação, comprimento e massa seca de plântulas. Na estufa
agrícola, a semeadura foi realizada em bandejas de plástico rígido, cada uma contendo
162 células, preenchidas com o substrato MecPlant. Foram analisadas as seguintes
variáveis: emergência, altura de plantas, número de folhas e aos 42 DAS, comprimento
de parte aérea e de raiz e massa seca da parte aérea e das raízes das mudas. No
laboratório, para a variável germinação houve diferença estatística apenas aos 5 DAS
em que os tratamentos T1 (embebição com AAsc/12h) e T3 (Embebição em água 12h)
se mostraram iguais entre si e superiores estatisticamente aos demais. Em relação ao
comprimento médio das raízes, parte aérea e massa seca não houve diferença estatística
entre os tratamentos analisados. Nas estufas, em relação à altura de plântulas pode-se
observar que aos 7 dias após a semeadura (DAS), o T1 e T3 se mostram superiores aos
demais tratamentos. Para a variável número de folhas, o T3 se mostrou superior
estatisticamente aos demais aos 14 DAS. Analisando as variáveis comprimento médio
da raiz, parte aérea e massa seca da raiz e parte aérea, pode-se perceber que os
tratamentos não diferiram entre si. Com base nos resultados obtidos, é possível concluir
que as sementes submetidas ao tratamento com Ácido Ascórbico por um período de 12
horas apresentaram desempenho satisfatório e que este, pode agregar de forma
significativa no potencial fisiológico da cultura.

Publicado
10-10-2023