CRESCIMENTO INICIAL DE PLANTAS DE PIMENTA ORNAMENTAL EM DIFERENTES TAMANHOS DE VASO E SUBSTRATOS

  • Karolina Bressan Rheinheimer Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Alessandra De Marco Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Alexandre Dezanoski Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Vanessa Neumann Silva Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Capsicum frutescens;, Floricultura;, Plantas envasadas.

Resumo

A floricultura é uma atividade importante no Brasil, que gera muitos empregos e renda. Tradicionalmente, o mercado de flores no Brasil é centrado na venda de algumas espécies e, a diversificação destas é bastante interessante, tanto do ponto de vista estratégico de produção, quanto pela inserção de produtos diferenciados no mercado. Entretanto, faltam informações técnicas a respeito do manejo de cultivo de muitas dessas espécies, especialmente em regiões fora do eixo Sudeste, como a região Sul, por exemplo. Neste contexto, recentemente foram introduzidas cultivares de pimenta ornamental no país. São plantas que podem ser cultivadas e comercializadas de forma envasada, com dupla finalidade: ornamentação de ambientes e para uso condimentar, por meio do uso de seus frutos na alimentação e preparo de temperos e molhos. Entretanto, são escassas as informações sobre o manejo de pimenta ornamental para a produção comercial de plantas envasadas. Desta forma, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar o efeito de diferentes substratos e tamanhos de vasos no crescimento inicial de plantas de pimenta ornamental cultivar Pirâmide. O experimento foi realizado na UFFS Campus Chapecó em estufa agrícola, durante o mês de dezembro de 2022, em esquema fatorial 3 x 3 (tamanhos de vasos e substratos). Os substratos utilizados foram: Carolina Soil®, Mecplant® e Garden Plus®. Os tamanhos de vasos testados foram: N°13 (725 mL), Nº14 (1 L) e N°15 (1,16L). As mudas foram produzidas em bandejas e transplantadas para os vasos quando apresentavam de 3 a 4 folhas verdadeiras. Os vasos permaneceram por 28 dias sob bancada na estufa agrícola, sob irrigação do tipo aspersão automatizada. As avaliações realizadas foram: altura de planta e diâmetro do caule. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e comparação de médias por meio do teste de Tukey (p<0,05) no programa Sisvar. Os resultados demonstram que houve interferência devido às diferentes composições, características físicas e químicas dos substratos e os diferentes tamanhos de vaso utilizados. De forma resumida, os tamanhos de vasos que se destacaram para as variáveis analisadas foram os vasos com menor volume, sendo vaso tamanho 13 (725 mL) e o vaso tamanho 14 (1,0L) com  o substrato Garden Plus®. Esses resultados são promissores, pois a possibilidade de cultivo em vasos menores aumenta a eficiência do sistema de produção, com menor gasto de substrato, insumos e consumo de água e permite a alocação de maior número de vasos por m2 de estufa, aumentando a lucratividade do sistema de produção.

Publicado
11-10-2023