Prevalência do uso de métodos contraceptivos em mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS)

  • Camila Santos Rocha UFFS
  • Letícia Lima Miranda
  • Andreia Jacobo
  • Silvane Nenê Portela
  • Gustavo Olszanski Acrani
  • Jossimara Polettini
Palavras-chave: Anticoncepcão; Preservativos; Infecções Sexualmente Transmissíveis

Resumo

Ao decorrer das últimas décadas, o Brasil tem apresentado uma queda significativa na taxa de
fecundidade e, tal padrão é consequência, dentre outras razões, pela ampliação do uso de
métodos contraceptivos. O presente trabalho objetivou descrever a prevalência do uso de
métodos contraceptivos e quais os mais frequentemente utilizados. Trata-se de um estudo
transversal, realizado no período de novembro de 2020 a setembro de 2022, cujo critérios de
inclusão foram mulheres com idade entre 18 e 64 anos, não gestantes, atendidas no ambulatório
para realização do exame citológico cérvico-vaginal. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de
Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS sob parecer número 3.736.932, atendendo à
Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. As pacientes que foram convidadas a
participar do estudo, foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE, e,
posterior a isso, foi aplicado a essas mulheres um questionário padronizado para obtenção de
informações sociodemográficas e o histórico clínico. Esses dados foram analisados e estão
apresentados de forma descritiva. A partir disso, foram incluídas 144 pacientes, cuja faixa etária
predominante foi de 18 até 45 anos (51,4%), com escolaridade igual ou inferior a 9 anos de
estudo (51,1%) e que possuem algum emprego (57,6%). Dentre as entrevistadas, 62,3%
relataram fazer uso de algum método contraceptivo. O método mais frequentemente utilizado
foi o anticoncepcional oral (57,8%), seguido pelo anticoncepcional injetável (18,1%). A forma
cirúrgica de anticoncepção também foi prevalente, sendo que das participantes, 15,7%
realizaram o procedimento de laqueadura. O uso de preservativo foi menos relatado, tendo
prevalência de apenas 4,8%. Dentre as participantes da pesquisa, apenas 2,4% relataram fazer
uso do dispositivo intrauterino (DIU), sendo este o método contraceptivo menos utilizado.
Ademais, 1,2% das mulheres relataram não se aplicar a nenhuma dessas opções. Diante do
exposto, conclui-se que o uso de anticoncepcionais orais é o mais prevalente e o DIU é o método
contraceptivo menos utilizado. Notou-se também que preservativos são usados com menos
frequência, evidenciando maior risco de exposição a infecções sexualmente transmissíveis
(IST).

Publicado
21-11-2022