PREVALÊNCIA DE TOSSE, CANSAÇO E DISPNEIA EM PACIENTES INTERNADOS POR SARS-COV-2

  • Dimitry Gabriel Kelim Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Beatriz de Albuquerque Bernardi
  • Gustavo Olszanski Acrani
  • Ivana Loraine Lindemann
  • Renata Santos Rabello
  • Jossimara Polettini
Palavras-chave: novo coronavírus, PCR em tempo real, vírus respiratórios, sintomas

Resumo

O presente estudo tem por objetivo determinar a prevalência de tosse, cansaço e dispneia em pacientes internados em um hospital de alta complexidade internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) decorrente da infecção por SARS-CoV-2. Trata-se de um estudo transversal, no qual foram incluídos pacientes com idade mínima de 18 anos, de ambos os sexos, internados com quadro de SRAG em um hospital terciário entre outubro de 2021 e agosto de 2022. Após concordância, os pacientes responderam um questionário padronizado para o estudo e amostra da nasofaringe foi coletada utilizando-se swab de rayon. As amostras tiveram seu RNA extraído e quantificado por espectrofotometria e foram testadas quanto à positividade para SARS-CoV-2 por meio da técnica de PCR em tempo real pelo método SYBR Green. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS segundo o parecer de número 4.405.773. A partir dos resultados, calculou-se a prevalência dos sintomas em pacientes acometidos pelo SARS-CoV-2. A partir disso, foram incluídos 42 pacientes no estudo, sendo 59,5% do sexo feminino, 57,1% idosos, 77,3% brancos, 81% residiam na zona urbana e 73,8% não trabalhavam ou eram aposentados. A maior parte dos pacientes reportou hábito tabagista prévio ou atual (54,8%) e não etilista (73,8%). Foram testadas 38 amostras para os vírus de interesse, sendo que 66,7% positivaram para SARS-CoV-2. A prevalência de tosse, cansaço e dispneia em pacientes portadores de SARS-CoV-2 foi de 64,3%, 67,9% e 67,9%, respectivamente. Diante desses resultados, conclui-se que na população estudada, internações causadas por SRAG acomete mais mulheres e idosos. Em pacientes com SARS-CoV-2, os sintomas de tosse, cansaço e dispneia são prevalentes em mais de 60%, o que evidencia a patogenicidade desse vírus.

Publicado
21-11-2022