A INSTIGANTE E DESAFIADORA EXPERIÊNCIA DE MINISTRAR UM CURSO DE INGLÊS MÉDICO SOB A ÓTICA DE UMA ESTUDANTE DE MEDICINA

  • Carolina Baptista dos Santos Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Passo Fundo
  • Athany Gutierres
Palavras-chave: Inglês Médico, Estudantes de Medicina, Ensino e Aprendizagem de Língua Estrangeira, Raciocínio Clínico, Internacionalização

Resumo

Introdução: O contato com a Língua Inglesa aplicada à Medicina é fundamental para que os estudantes da área da saúde possam vivenciar oportunidades de estágio no exterior, apresentar trabalhos acadêmicos em congressos internacionais e interpretar artigos científicos publicados em bases de dados. Oportunizar essa aprendizagem e incentivar práticas de docência no meio acadêmico repercute no desenvolvimento de habilidades tanto no âmbito pessoal quanto profissional dos envolvidos. Objetivo: Relatar a experiência de uma estudante do quinto ano do curso de Medicina ao ministrar aulas de inglês médico para colegas de curso. Experiência: As aulas são ministradas em inglês, duas vezes por semana, com enfoque em habilidades orais (fala e compreensão oral/audiovisual) e vocabulário aplicados à medicina. São ministradas no campus Passo Fundo da Universidade Federal da Fronteira Sul e envolvem alunos de duas instituições de ensino do município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Compõem uma das ações de extensão do Núcleo de Ensino de Línguas (NELI) do Programa “NELI-PF | PROLIN - Aprendizagem de línguas estrangeiras e internacionalização”. O público-alvo das aulas são alunos do Curso de Medicina que já tenham a proficiência exigida para a integralização curricular, e também estudantes de outras instituições. Abordam-se conteúdos como anamnese, exame físico, relatos de caso, resolução de questões e discussões de casos clínicos. Os alunos são constantemente instigados a participar ativamente da aula, por meio de leitura das apresentações dos conteúdos propostos, ao exporem suas hipóteses diagnósticas durante os casos clínicos, ao justificarem possíveis condutas médicas e ao citarem diagnósticos diferenciais para as patologias apontadas. Em relação ao papel de ministrante do curso, é um desafio repleto de oportunidades, com constante aquisição e troca de conhecimento junto aos alunos: gramaticais, de vocabulário, assim como do próprio conteúdo médico. Dessa forma, destaca-se o caráter desafiador e instigante de ministrar esse curso: é necessário muito estudo e dedicação para lecionar Medicina em outro idioma. Envolve estudo de gramática, pronúncia, significado, contextualização e aplicabilidade dos termos, abreviações, e a tarefa de traduzir termos em que não há tradução exata para o Português, como alguns descritores de dor, por exemplo. Por outro lado, percebe-se a cada aula ministrada o avanço dos envolvidos em relação à aprendizagem do inglês médico, à autonomia para elaborar frases e ao engajamento do grupo a participar das conversações. Conclusão: Por fim, é de grande valia que os estudantes de Medicina tenham oportunidade de vivenciar aulas de inglês aplicadas à área da saúde. É observado o desenvolvimento de habilidades como comunicação, didática e produção de conteúdo, incentivando a docência e o compartilhamento de informações. Além disso, nota-se um maior domínio da língua e maior confiança para praticá-la, possibilitando aos envolvidos reconhecer termos médicos e abreviações comuns na prática clínica. Ademais, tanto a ministrante quanto os participantes aprimoram, ainda, conhecimentos de conteúdo médico, pois constantemente são incentivados a interagir e apontar suas hipóteses diagnósticas e possíveis condutas frente a casos clínicos. 

Publicado
21-11-2022