PLACENTA PRÉVIA E ACRETISMO PLACENTÁRIO: RELATO DE CASO

  • Pâmela Machado de Amorim UFFS
  • Thiago Emanuel Rodrigues Novaes
  • Isabela Clara Keller Richter
  • Krisla da Rosa Martins
  • Emanuele Cristine Nerling
  • Grasiele Colussi
  • Thalyta Calvacante Ferreira
  • Daniel Dalla Maria
  • Julia Baroni Rebelato
  • Silvane Nenê Portela
Palavras-chave: Placenta Prévia, Placenta Acreta, Gravidez de Alto Risco

Resumo

A placenta prévia (PP) configura-se pela inserção baixa da placenta, uma implantação no segmento inferior do útero, distando no máximo 2cm do OCI. Essa condição tem se tornado mais frequente, acompanhando o aumento na taxa de cesáreas, um dos seus principais fatores de risco. Das complicações que podem decorrer de uma PP, o acretismo placentário (AP), desenvolvido a partir de uma invasão excessiva do trofoblasto no miométrio, é uma das mais graves. Isso porque, ao efetuar a dequitação, pode ocorrer grave hemorragia na paciente. Atualmente, o AP está entre as principais causas de histerectomia pós-parto. Paciente de 27 anos, G4C3, IG 25+2, foi encaminhada por placenta prévia total para ambulatório de pré-natal de alto risco. Paciente referia dor em baixo ventre e episódios de sangramento vaginal frequentes com sangue vermelho vivo, de pequena quantidade e de início súbito. US morfológico no segundo trimestre indicando que a placenta estava inserida na parede anterior do útero, recobrindo o OCI. Prescreveu-se suplemento alimentar e solicitou-se RNM e novo US. Retorno com IG 28+4, apresentando RNM inconclusiva e US com perda da definição entre a placenta e o miométrio em um segmento localizado na porção inferior da placenta, próximo ao colo uterino e istmo, de aspectos ecográficos relacionados a acretismo placentário. Quando estava com IG 34+2, foi realizada a interrupção da gravidez com cesárea e histerectomia subtotal. RN vigoroso, atendido pela pediatria. Após os procedimentos, foi encaminhada à UTI, onde permaneceu estável hemodinamicamente, sem necessidade de DVA ou de reintervenção. Alta 15 dias pós-parto. Dos tipos de AP, a placenta increta é a menos comum, definida por invasão da placenta no miométrio, porém sem ultrapassá-lo. Atribui-se o aumento da prevalência dessa patologia ao aumento do índice de cesáreas. O diagnóstico de AP é por ultrassonografia com Doppler, podendo ser complementado com ressonância magnética. Nesse sentido, o manejo de placenta increta demanda de equipe multiprofissional e recursos adequados, a fim de reduzir a morbimortalidade materna e fetal, sendo o diagnóstico precoce crucial para programação da equipe.

Publicado
21-11-2022