MONITORIA INTERCULTURAL

POVOS INDÍGENAS E HAITIANOS NA UFFS

Resumo

O desenho do projeto de ensino “Monitoria Intercultural” se traduz no esforço para a criação de espaços de socialização, intercâmbio, diálogos e colaboração entre a comunidade acadêmica e os estudantes indígenas, haitianos e com deficiência, com vistas a favorecer a permanência e a progressão acadêmica deste público, bem como intensificar a vocação da UFFS como universidade socialmente popular, politicamente plural e culturalmente diversificada. A proposta de apoio pedagógico aos discentes indígenas e haitianos vai ao encontro de dois programas institucionais da UFFS: (1) o PIN - Programa de Acesso e Permanência dos Povos Indígenas; e (2) Programa de Acesso à Educação Superior da UFFS para Estudantes Haitianos – PROHAITI.   Diante disso, o objetivo deste trabalho é socializar as ações desenvolvidas nesse projeto de ensino, institucionalizado no campus Erechim. As monitorias são realizadas no Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (LIFE) que possui uma rede de computares com acesso à internet e uma sala de reunião equipada com mesas onde são ministrados os atendimentos e funciona como espaço de estudo para os estudantes que recebem acompanhamento pedagógico dos monitores. Os resultados podem ser avaliados em três dimensões: (1) institucional; (2) educacional; e (3) socialização. Pela ótica institucional, que considera as notas dos alunos como critério de desempenho acadêmico, é possível afirmar que os estudantes que participaram das monitorias têm um desempenho satisfatório e, em sua grande maioria, alcançaram todos os objetivos para a aprovação nos CCRs cursados. Já do ponto de vista educacional, o apoio pedagógico é fundamental para a diminuição da evasão. E, finalmente, quando analisamos os resultados alcançados no aspecto socialização, a monitoria promove e valoriza a integração entre as diversas culturas, a autonomia dos estudantes, a autoestima, e incentiva os alunos haitianos e indígenas para que possam valorizar e socializar a sua cultura perante a comunidade acadêmica, contando suas vivências e experiências.