MONITORIA INTERCULTURAL

ACOLHIMENTO E INCLUSÃO DE ESTUDANTES HAITIANOS E INDÍGENAS

Resumo

A Monitoria Intercultural, projeto de ensino, desenvolvida no LIFE, voltada aos estudantes haitianos e indígenas do campus Erechim, tem como princípio básico o acolhimento e inclusão desses alunos, pois entende-se que proporcionando essas condições é possível estabelecer uma relação horizontal e de confiança. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é apresentar uma síntese das ações desenvolvidas no projeto de ensino “Monitoria Intercultural”. Partindo-se dessa ideia, são elaboradas estratégias de estudos singulares para cada estudante. As ações na monitoria envolvem desde dúvidas sobre as disciplinas do curso até questões burocráticas da universidade, bem como assuntos pessoais que permeiam as vivências do aluno na vida acadêmica. Os encontros ocorrem no próprio LIFE ou em laboratórios relacionados a cada curso, como é o caso dos ateliês de desenho para os estudantes de Arquitetura e Urbanismo. Em paralelo ao atendimento presencial, também é estabelecido um contato digital com os alunos, através da criação de grupos no WhatsApp, com o propósito facilitar a programação para os encontros e, também, esclarecer dúvidas pontuais. Além disso, no grupo de WhatsApp também é proficiente na divulgação de links úteis para os alunos complementarem seus estudos. Os resultados mais imediatos demonstram que com a atuação da monitoria, o LIFE se tornou um espaço muito frequentado, principalmente pelos alunos haitianos, constituindo-se um espaço não apenas de estudos, mas, também, de convivência, já que muitos desses alunos não costumam frequentar os ambientes comuns de lazer da UFFS. Assim, a Monitoria Intercultural consolida-se como uma referência, um espaço onde os alunos se sentem à vontade e acolhidos. A Monitoria Intercultural faz a ponte para os alunos haitianos e indígenas sintam-se mais confortáveis no ambiente acadêmico, sem ignorar os fatores que transpassam suas vidas, como a distância da família, a língua como obstáculo (no caso dos estudantes haitianos), vulnerabilidade social e econômica, entre outros.