VARIAÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS NA PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS DO ENEM
Resumo
RESUMO: Seguindo os moldes de exames internacionais, como SAIT (Estados Unidos), BAC (França), ABITUR (Alemanha) e CGE (Inglaterra), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), embora tenha passado por várias reformulações, completou, em 2018, seus 20 anos de existência. O Enem objetiva avaliar o desempenho do estudante ao fim do ensino médio, mas também é utilizado como critério de seleção para aqueles que desejam concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Outrossim, muitas universidades públicas e privadas brasileiras utilizam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso na graduação, seja complementando ou substituindo o vestibular (BRASIL, 2018). Nesta comunicação, apresentamos uma proposta de investigação acerca da diversidade de gêneros orais e escritos presentes nas questões objetivas de múltipla escolha das provas do componente curricular Língua Portuguesa do ENEM dos anos de 1998 a 2018. Em nossa investida analítica, procuramos verificar se os elaboradores das questões do Enem seguem as diretrizes do ensino de Língua Portuguesa, segundo documentado em LDBs, PCNs, OCNs e DCNs, e diversificam os gêneros textuais/discursivos nas questões objetivas do exame. Para tanto, embasamo-nos nos postulados teóricos de Bahktin (2011), Marcuschi ([2001] 2010), Bortoni-Ricardo (2004, 2005, 2014), Bagno (2007, 2015), Tarallo (2001, 2007), Faraco (2005), entre outros. Conforme preconizam os documentos norteadores do ensino médio, as escolas brasileiras devem dar conta dos usos mais autênticos dos gêneros textuais/discursivos e não apenas daqueles que circulam exclusivamente no universo escolar. É essa variabilidade que esperamos também encontrar nas questões objetivas das provas do componente curricular Língua Portuguesa ao longo dos 20 anos de aplicação do ENEM.
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