A UTILIZAÇÃO DO PALHAÇO NA PRODUÇÃO DE DADOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES HOSPITALIZADOS

  • Mayara de Oliveira Walter Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Crhis Netto de Brum Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

Resumo: Na busca por alternativas de instrumentalização sobre o lúdico na área da saúde, mais especificamente no cuidado de Enfermagem, no atendimento às crianças e adolescentes que se encontram em processo de hospitalização e que vivem em condições crônicas de saúde, para que lhes sejam facilitados os processos de comunicação e de expressão quanto aos conflitos vivenciados diante destas circunstâncias, compreende-se que a palhaçaria possa se apresentar como um instrumento de ludicidade que vem a contribuir na recuperação destes pacientes e também, auxiliar no desenvolvimento de pesquisas com estes sujeitos. Assim, este trabalho trata-se de um relato de experiência de uma pesquisa vinculada ao Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Evidência no cuidado à Saúde em Pediatria e Hebiatria (GEPE-CPDH). Partindo desse pressuposto constituiu-se a pesquisa: A palhaçaria como ferramenta do cuidado de enfermagem para a promoção da saúde de crianças e adolescentes em processo de hospitalização sendo qualitativa descritiva exploratória, que visa avaliar a efetividade do uso da palhaçaria para crianças e adolescentes que enfrentam o processo de hospitalização a qual tramitou no Comitê de ética da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó (UFFS/SC) sob o parecer número 3.276.954. A presente pesquisa é desenvolvida para o Componente Curricular (CCR) de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) II do curso de graduação em Enfermagem a qual ocorre em um hospital pediátrico da Região Oeste de Santa Catarina, com base no cronograma da pesquisa, concomitantemente ao Programa Enferma-Ria: a palhaçaria como ferramenta na promoção da saúde materno-infantil, o qual se encontra-se vinculado a Pró-reitoria de Extensão e Cultura da (UFFS/SC). Durante as atividades de produção de dados, percebeu-se dificuldades dos participantes da pesquisa em compreender o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE) mesmo este sendo apresentado com fantoches que representavam uma breve história em uma linguagem acessível. Foi possível observar também uma barreira para a formação de vínculo com a criança por parte das pesquisadoras, visto que o jaleco utilizado para o acesso à instituição remete aos profissionais do hospital que atuam diretamente em manejos terapêuticos que suscitam sensações angustiantes e dolorosas às quais as crianças não entendem como cuidado ou como algo benéfico à sua saúde. Sendo assim, os palhaços mostraram-se uma alternativa para a mediação da comunicação entre o pesquisador e a criança. Entende-se que a presença do palhaço tende a fortalecer e a facilitar a formação de vínculo e a compreensão por parte dos participantes. Ponderando que o lúdico pode contribuir na humanização da assistência à saúde em Pediatria e Hebiatria, à que se lançar mão de estratégias que humanizem também, as produções de dados, visando torná-las mais compreensíveis a todos os participantes, que são o alicerce da produção científica qualitativa. Sendo assim, compreendeu-se que a presença do palhaço no contexto desta pesquisa, tornou-se imprescindível para uma participação mais ativa e autônoma.

Publicado
20-09-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa