BIOFERMENTADOS DE RUMEX CRISPUS NO CONTROLE DO OÍDIO EM ABOBRINHA

  • Telmar Moraes Welte
  • Marcos Paulo Bertolini da Silva
  • Mailis Aparecida Grosselli
  • Gabriela Silva Moura Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gilmar Silva Franzener

Resumo

As plantas possuem compostos secundários que podem ser utilizados no controle alternativo de doenças em plantas. Algumas plantas, como azeda-crespa (Rumex crispus) já possuem comprovado efeito protetor de plantas, mas a sua utilização prática ainda é limitada. O desenvolvimento de biofermentados podem contribuir para superar essa limitação. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial de biofermentados de azeda-crespa no controle alternativo do oídio (Oidium sp.) em abobrinha (Cucurbita pepo). Para o preparo dos biofermentado utilizou-se a proporção de 500 mL de água e 15 g de pó seco de folhas de R. crispus, em garrafas pet, sendo agitado diariamente. Foram avaliados diferentes períodos de fermentação (1, 5, 10, 15 e 20 dias) e, com ou sem a adição de açúcar mascavo a 3%. Utilizou-se água destilada como testemunha. Na primeira etapa foi avaliada a atividade antifúngica sobre a germinação de esporos do óidio. Também foi avaliado o efeito protetor sobre plântulas e plantas de abobrinha, sob condição de cada de vegetação. Em plantas de abobrinha foi também avaliado o efeito indutor das enzimas de defesa peroxidase e polifenoloxidase em abobrinha, a partir de amostras coletadas 72 após o tratamento das plantas com o biofermentado. Os ensaios foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Os biofermentados de azeda-crespa não diferiram significativamente no efeito antifúngico sobre a germinação de esporos do oídio. No entanto, os biofermentados apresentaram efeito protetor ao oídio em plântulas de abobrinha, embora não tenha diferenciado entre os tempos de fermentação. Em plantas não houve ocorrência da doença mas houve indução de peroxidase e polifenoloxidase pelo biofermentado com açúcar em com 15 dias de fermentação. Os resultados indicam que o biofermentado de R. crispus apresenta potencial no controle do oídio em abobrinha. O biofermentado apresentou crescimento fúngico após 30 dias de armazenamento, comprometendo seu armazenamento por longos períodos.

Publicado
02-09-2019
Seção
Campus Laranjeiras do Sul - Projetos de Pesquisa