INTERNAÇÕES POR CAUSAS RESPIRATÓRIAS DE PACIENTES COM ATÉ 1 ANO DE IDADE EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO
Resumo
As infecções respiratórias agudas (IRA)estão entre as principais comorbidades de saúde pública, sendo uma das causas mais comuns de morbimortalidade na infância, afetando crianças menores de 5 anos. Desmame precoce, desnutrição e doenças de base estão entre as causas de infecções respiratórias em crianças. O baixo peso ao nascer também influencia: crianças nascidas com menos de 2.500 g têm risco aumentado de adoecer e morrer, comparadas às nascidas de peso adequado. Crianças têm de quatro a seis episódios de IRA por ano, sendo que 3% evoluem para pneumonia, que predomina em menores de 1 ano. 5 milhões de crianças menores de 5 anos morrem por ano devido a infecções respiratórias, sendo a grande maioria por pneumonias (70%). Foi realizado um estudo transversal com coleta de dados de prontuários de pacientes com até 1 ano, internados por condições respiratórias no HSVP em Passo Fundo/RS, no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2017. A amostra, não probabilística, selecionada por conveniência foi composta por todos os pacientes, de ambos os sexos. Foram coletados dados dos prontuários referentes a idade ao internar, naturalidade, sexo, dias de internação, desfecho (óbito ou alta), diagnóstico de internação através do CID-10, tipo de parto, Apgar no 1º e no 5º minutos de vida, prematuro ou atermo, idade gestacional, peso e comprimento ao nascer e número de consultas pré-natal. A amostra foi constituída de 265 prontuários, em que 34,7% tinham idade superior a 30 dias de vida e 28,3% eram recém-nascidos. Desses, 76,2% eram naturais de Passo Fundo, com predomínio do sexo masculino (66%). Dos prontuários analisados, 95% tiveram alta e 4,1% evoluíram à óbito. 61,5% esteve internada de 0 a 10 dias, seguida de 21,5% permanecendo de 11 a 20 dias no Hospital. 28,3% nasceram por parto cesáreo, 8,6% parto vaginal e 63% não informado. Apgar no 1º e 5º minutos ideais (8-10) com frequências de 18,4% e 27,7%, respectivamente. Dos nascimentos, 15% teve idade gestacional superior a 38 semanas, 13,5% entre 33 e 37 e 13% entre 27 e 32 semanas; 58,1% não informado. 24,5% nasceram prematuros, 18,4% atermos e 56,9% não informado. Com peso ao nascer entre 2501g a 3000g a frequência foi de 7,1%, 6,4% entre 3001g e 3500g e 4,15% com 500 até 1000g. 65,1% não informados. 15,8% das mães realizaram entre 6 e 10 consultas pré-natal, 8,3% de 1 a 5; 73,9% não informados. 20% comprimento de 41 a 50 cm ao nascer, 6,4% 29 a 40 cm, 3,7% com mais de 50 cm e em 69,8% dos casos o dado não fora informado. Os CID-10 mais frequentes: Pneumonia Bacteriana (24,9%), Pneumonia não especificada (13,5%) e Bronquiolite aguda devido a outros microrganismos (12,8%). Tendo em vista a prematuridade como perfil bastante frequente e de diversas complicações ao recém-nascido, deve-se buscar compreender e prevenir essas implicações, identificando precocemente sinais de alerta para alterações na gestação, afim de evitar possíveis afecções respiratórias nos lactentes, em detrimento da imaturação pulmonar.
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