O I FESTIVAL CULTURA DE FRONTEIRA COMO ESPAÇO PARA FRUIÇÃO DE ARTE E CULTURA NA UNIVERSIDADE
Resumo
A cultura é parte integrante e constituinte do sujeito e entende-se a mesma como um elemento formativo, por isso a importância da criação de espaços que venham fortalecer momentos de socialização da diversidade cultural presente na universidade. Nesse contexto, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) realizou no ano de 2017 o I Concurso Cultural da UFFS, abrangendo apenas as modalidades de Contos e Fotografias. No ano de 2018, buscando contemplar uma diversidade maior de linguagens artístico-culturais, bem como, integrar a semana do DIVERSA UFFS, ampliou-se para o I Festival Cultura de Fronteira, com temática livre, cujo desenvolvimento ocorreu por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), com apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE). Tratou-se de uma atividade pedagógica e institucional que visava promover o desenvolvimento cultural e artístico da comunidade acadêmica e ampliar o alcance das reflexões sobre arte e cultura em seu potencial de transformação da sociedade. Além disso, possibilitar o intercâmbio e a livre expressão cultural entre artistas amadores e profissionais na UFFS e contemplar ações de arte e cultura previstas como Atividades Curriculares Complementares (ACCs) nos Projetos Pedagógicos dos Cursos. Como aporte metodológico, esta edição do festival desenvolveu-se através da realização de Etapas Locais, com a seleção de trabalhos, oficinas e apresentações em todos os campi da UFFS e uma Etapa Geral, a qual convergiu todos os trabalhos selecionados nos campi. Como resultados das ações observou-se através dos documentos comprovatórios de participação que o festival teve um público estimado de aproximadamente 2.500 pessoas, sendo que, 84% dos participantes são discentes da instituição, 9% servidores e 7% pessoas da comunidade externa. Ademais, foram submetidas 76 obras em cinco modalidades artístico-culturais, dentre as quais, 31,9% eram fotografias, 24,6% músicas, 15,9% obras Audiovisuais, 13% espetáculos de Artes cênicas, 14,5% obras de Literatura (contos ou poesias), com um perfil de submissões composto de 60,9% estudantes, 30,4% Técnicos Administrativos em Educação e 8,7% docentes. Conclui-se que embora tenha-se a ciência que muitos ajustes são necessários para qualificar as próximas edições do festival, evidencia-se que por ter sido a primeira experiência deste tipo de evento na UFFS, as ações foram muito significativas no sentido de dar visibilidade aos artistas da comunidade acadêmica da instituição, os quais engajaram-se por meio da expressiva submissão de propostas ou pela participação nas oficinas, debates e apresentações, criando espaços para a difusão da arte e da cultura na universidade, possibilitando a participação de toda a comunidade regional e tornando a UFFS um espaço de referência para manifestações de arte e cultura na mesorregião, além de projetar a instituição no cenário regional. Por fim, sublinha-se como desafio a necessidade de maior valorização e envolvimento da comunidade acadêmica nessas ações, o que perpassa pelo reconhecimento da cultura enquanto identidade. Isso faz-se necessário em todos os espaços da universidade, tanto no âmbito acadêmico, como na própria gestão da UFFS.
Copyright (c) 2019 Everton Gabriel Bortoletti, Marlei Dambros, Eliane Vilma Simon Sinogoski, Laise Ziger
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais da XII SEPE da UFFS.