INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO PUERPERAL EM MULHERES DE UMA MATERNIDADE REFERÊNCIA NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ

  • Sofia Belfort Bomfim Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Felipe Ongaratto
  • Maíra Rossetto

Resumo

A experiência da maternidade é um processo vivenciado por muitas mulheres. Embora esse período traga sensação de realização e felicidade para as gestantes, ele também é acompanhado de diversas alterações fisiológicas e expectativas referentes ao desfecho dessa condição: o parto. Este momento é considerado o marco de início do período puerperal, que pode ser classificado em três fases distintas: puerpério imediato (1º ao 10º dia), tardio (11º ao 45ª dia) e remoto (a partir do 45ª dia). Esse é considerado o período de maior risco para o desenvolvimento de complicações pós-parto, como por exemplo a infecção puerperal, que é uma das principais causas de óbito materno no Brasil. A infecção puerperal, também chamada de febre puerperal, é compreendida como uma infecção que se localiza no aparelho genital ou cavidade uterina, que se desenvolve após o parto. Esse quadro clínico pode ter origem polimicrobiana, sendo a microbiota anaeróbia e aeróbia geniturinária e intestinal a responsável. Nessas condições, a puérpera apresenta temperatura oral mínima de 38°C, por pelo menos dois dias, excetuando-se as primeiras 24 horas pós-parto. Embora o prognóstico seja favorável quando o manejo correto é realizado, a infecção pode levar à sepse puerperal, que é a terceira maior causa de mortalidade materna no mundo. Um dos fatores que têm influência direta no processo patológico dessa condição é a via de parto utilizada, que pode ser cesárea, vaginal ou vaginal cirúrgica (uso de fórceps, episiotomia). Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo comparar a incidência de infecção puerperal em mulheres de uma maternidade do município de Chapecó – SC. Para tanto, será realizada uma coorte mista, com acompanhamento retrospectivo e prospectivo com mulheres de 18 anos ou mais, residentes em Chapecó e que estejam no período puerperal, entre agosto e outubro de 2019. O estudo será dividido em três etapas: análise dos prontuários de mulheres que realizaram parto no período de agosto, setembro e outubro de 2019, seguido por contato telefônico com o objetivo de identificar as mulheres que realizaram parto vaginal e apresentaram sinais e sintomas de infecção puerperal, e visita domiciliar à casa das mulheres que relataram sinais e sintomas de infecção puerperal. A partir da análise das taxas de infecção relacionada às diferentes vias de parto, espera-se avaliar a qualidade da assistência às parturientes, já que se supõe uma diminuição desses valores com o cuidado prestado de maneira adequada a cada caso.

Publicado
02-10-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa