PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO:

UM OLHAR RENOVADO SOBRE O ESPAÇO ESCOLAR

Resumo

Resumo: O presente trabalho traz os resultados da observação de uma aula do 1º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal da região do Alto Uruguai Gaúcho, além de um breve diálogo com a professora da turma. Os objetivos da pesquisa foram investigar as práticas que ocorrem no ambiente escolar, bem como identificar as dificuldades que os docentes encontram para alfabetizar e analisar como ocorre esse processo em sala de aula. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de uma pesquisa de campo que buscou suporte teórico em Ferreiro e Teberosky (2003), Schwartz (2012), Weisz (2009) e Cagliari (1998). Considerando que a pesquisa pretendeu entender os processos de alfabetização, principalmente com atenção voltada às crianças, seus olhares, suas falas e atitudes em sala de aula, os resultados da observação apontaram que a professora deixa um pouco de estimular as crianças e não pensa em estratégias diferentes para tornar a aula mais atrativa. Diante da realidade observada e do diálogo com a docente, foi possível perceber que ainda existem dificuldades para a escolha de métodos diferenciados, levando a mesma a reproduzir práticas antigas e usar o método tradicional de ensino, tendo a sala organizada em filas, com as crianças sentadas uma atrás da outra, trabalhos individuais e pouca possibilidade de questionamento e participação. Perante isso, conclui-se que é importante refletir permanente as práticas educativas em uso, além de desenvolver a escuta atenta e o olhar cuidadoso voltado às necessidades dos alunos. Sugere-se a contação de história às crianças, a possibilidade de aplicação de jogos e atividades em grupos áulicos, pois acreditamos que elas precisam ser estimuladas culturalmente, além de necessitarem interagir umas com as outras e isso oportuniza uma riqueza de conceitos, além de auxiliar no desenvolvimento e aquisição de novos conhecimentos. O ideal é que o professor reflita sobre a realidade da sua turma e busque estratégias de modo inovador e atrativo, pois quanto mais interessante a aula for para os estudantes, mais eles se desenvolverão. Deste modo, evitar a reprodução de conhecimentos e aprendizados mecânicos, que muitas vezes não trazem real significado às crianças, fazendo a associação dos assuntos com o cotidiano vivido por elas. Por fim, pensar no planejamento a fim a desenvolver a criança o máximo possível, pois ensinar é um exercício de formar cidadãos.

Palavras-chave: Alfabetização. Práticas educativas. Docente.