TEM QUE SEMPRE PROBLEMATIZAR?

REFLEXÕES NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES SOBRE O PAPEL DA LÍNGUA ESPANHOLA NA ESCOLA

Resumo

Resumo: A partir de um enunciado, proferido por uma licencianda durante reunião do Programa Residência Pedagógica, que questiona a abordagem de ensino docente e o papel da aprendizagem de espanhol como língua estrangeira na escola, busca-se refletir a respeito da formação inicial de professores desse idioma. É possível identificar com frequência que, para muitos docentes, o objetivo linguístico e as habilidades de compreensão e expressão escrita e oral configuram o foco central e/ou único da língua estrangeira na educação básica. Entretanto, ao compreender que as disciplinas do currículo escolar são meios para a formação de indivíduos e o desenvolvimento de sua consciência social, ampliando novas formas de pensar, de ver e de agir no mundo, a língua espanhola passa a ter um valor educacional, indo além da instrumentalização linguística. Para tanto, nesta investigação-ação, ressalta-se a importância da preocupação temática relacionada ao conteúdo, tendo a problematização como estratégia de uma metodologia ativa no ensino e aprendizagem, levando o estudante a motivar-se diante de um problema, examinando-o e ressignificando suas descobertas na construção de sentidos na/pela língua(gem). Nesse sentido, ao provocar a reação dos alunos frente a distintos temas da sociedade contemporânea, pretende-se promover a participação efetiva dos discentes no processo de ensino e aprendizagem, a fim de que não fiquem somente receptivos, isto é, passivos à exposição do professor em sala de aula. Por fim, verifica-se a necessidade de dar voz aos questionamentos e discursos dos licenciandos em formação na graduação, no intuito de proporcionar aos futuros professores um espaço  para que possam indagar, pesquisar e procurar solucionar dúvidas e dificuldades no desenvolvimento da sua profissionalidade docente, exercendo sua autonomia na  realização de escolhas e na tomada de decisões. Solucionar os impasses e promover o seu próprio desenvolvimento. Ao perceber que a nova aprendizagem é um instrumento necessário e significativo para ampliar suas possibilidades e caminhos, esse poderá exercitar a liberdade e a autonomia na realização de escolhas e na tomada de decisões.