A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO ENSINO DE CIÊNCIAS

UM RELATO A PARTIR DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS II

  • Keli Banck Ferreira Uffs/ Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
  • Vitoria Karolini Betim Fieldkircher Uffs/ Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
  • Gilza Maria de Souza Franco

Resumo

Este trabalho foi resultado da vivência experimentada no período do estágio obrigatório em Ciências II no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Realeza. Através de observações em uma turma de 8º ano do ensino fundamental refletirmos sobre a atuação docente frente à problemas no ensino, especialmente a indisciplina. Baseadas em orientações teóricas buscamos em nossas práticas utilizar a afetividade, diálogo e interação com os alunos em busca de diminuir atitudes indesejáveis. A problemática investigada durante a regência foi como ser professor no 8ºano. Ela surgiu a partir dos comentários de alguns professores da turma. Nos foi relatado que essa turma em particular apresentava problemas de indisciplina, com as quais precisávamos aprender a trabalhar para que os alunos pudessem compreender o conteúdo significativamente. Dessa forma no decorrer da regência fizemos adaptações nas metodologias utilizadas conforme as necessidades da turma. Buscamos ter atitudes de autoridade, deixando claras as regras de bom comportamento e respeito para com todos, tomando cuidado para não agirmos com autoritarismo (DOZENA, 2008). Procuramos manter a calma em situações de indisciplina, pedindo silêncio, aumentamos o tom de voz, transcrevemos trechos dos textos no quadro para que copiassem e observamos que aos poucos eles iam se acalmando e diminuindo a conversa. Observamos que alguns alunos gostavam de fazer leitura dos textos do livro, então deixávamos que eles lessem, sempre que nos pediam. Sobral (2006) orienta que é importante conhecermos os alunos, sabendo suas dificuldades e potencialidades, para estabelecer uma relação de afetividade e construir um bom relacionamento onde haja respeito e cumplicidade. Procuramos então conhecer um pouco os alunos antes de iniciar o estágio, através de um questionário socioeconômico que já tinha sido aplicado por uma professora de outra matéria. Também entregamos crachás para cada aluno na primeira aula de estágio, e instruímos que eles os usassem em todas as aulas, para que nós pudéssemos chamá-los pelo nome, o que nos aproximou deles. Durante as aulas em que conseguimos aplicar as metodologias adotadas, as conversas paralelas e a indisciplina em sala de aula realmente diminuíram, pois elas estavam baseadas na afetividade e no diálogo que foram essenciais para concluirmos o estágio. Consideramos que esse período foi significativo para nossa prática docente, pois vivenciamos muitas particularidades. Por muitas vezes sentimos dificuldade de aplicar a teoria em que nos baseamos, porém através de diálogos com professores experientes como nossa orientadora de estágio, podemos superar nossas dificuldades e melhorar nossas práticas. Diante de todas as dificuldades encontradas durante o processo de formação de futuro professor, muitas vezes nos questionamos se estamos prontas para exercer a profissão. Nesse sentido, o estágio nos prepara, nos dá mais segurança, pois podemos unir a prática a teoria, e aplicar na realidade escolar o que aprendemos na nossa formação. Refletimos sobre quais melhorias podíamos fazer em nossas aulas, quais posturas adotar diante de algumas situações, começamos a nos ver realmente como professoras. 

Publicado
21-08-2019
Seção
Campus Realeza - Projetos de Ensino