ATIVIDADE FOTOSSINTÉTICA DA CULTURA DA MANDIOCA EM FUNÇÃO DO MANEJO DE PLANTAS DANINHAS COM COBERTURA DE SOLO E CAPINAS

  • Vitor Cazarotto Sartori Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Luiz Roberto Von Dentz Zancan
  • Areadne De Martini
  • Siumar Pedro Tironi

Resumo

O manejo inadequado de plantas daninhas na cultura da mandioca é um dos principais fatores que limitam a sua produtividade, competindo por água, luz e nutrientes causando diminuição em sua produtividade. Avaliar a atividade fotossintética das plantas de mandioca cultivada em diferentes coberturas de solo associado a capinhas no manejo de plantas daninhas. Foi conduzido o experimento, a campo em delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições, as parcelas foram constituídas por cinco linhas da cultura, distanciadas por 0,8 m, e 5 m de comprimento. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 4 x 3. O primeiro fator, que foi alocado nas parcelas, foi composto por quatro tipos de cobertura: sem cobertura, aveia preta, nabo, ervilhaca + centeio. O segundo fator, que foi alocado nas subparcelas, foi composto pelo número e capinas: sem capina, uma capina (aos 45 dias a pós a emergência – DAE) e duas capinhas (aos 30 e 60 DAE). Foi utilizada a cultivar fécula branca. O plantio foi realizado em sistema de plantio direto, realizando apenas um sulco para o plantio. A adubação foi realizada com uso cama de aviário curtida, que foi distribuída na área antes do plantio. Aos 75 dias após a emergência foi realizada a avaliação das variáveis taxa fotossintética (µmol m-2 s-1), concentração interna de CO2 (µmol mol-1) e taxa de transpiração (mol H2O m-2 s-1), essas avaliações foram realizadas nas últimas folhas completamente expandidas. Para isso, utilizou-se um analisador de gases no infravermelho (IRGA). Cada bloco foi avaliado sob iluminação natural em um dia, entre oito e dez horas da manhã, em condições de céu limpo. Os dados coletados foram submetidos a análise de variância, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Não se observou interação entre os fatores estudados em nenhuma das variáveis analisadas. A concentração interna de CO2 não foi influenciada pelas coberturas nem pela realização de capinas. A taxa de transpiração não foi influenciada pelas coberturas, mas as quando realizada apenas uma capina apresentou maior valor, diferindo da testemunha não capinada. Que demonstra que com uma capina as plantas de mandioca podem ter maior suprimento de água nessas condições. A taxa fotossintética não foi influenciada pelas coberturas, no entanto, apresentou maiores valores quando realizada penas uma capina, aos 45 DAE, que diferiu da testemunha sem capina. Evidenciando a importância do controle das plantas daninhas para melhorar a atividade fotossintética da cultura da mandioca. Nesse sentido, conclui-se que as coberturas de solo não interferem na atividade fotossintética, mas a realização de capinas é fundamental para melhorar a atividade fisiológica da cultura da mandioca.

Publicado
19-08-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa