RISCO E AMBIGUIDADE NA TOMADA DE DECISÃOFINANCEIRA

O EFEITO DA AUTORIDADE COGNITIVA DO CONSULTOR

  • Bruno Moreira-Guedes Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Larisa de Lima Trindade Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

Tendo como objetivo compreender de que forma a Autoridade Cognitiva (AC) de experts e não experts apresenta interferências na  tomada  de  decisão  financeira  (TDF)  dos  ocupantes  de  cargos  de  gestão  da Universidade  Federal  da  Fronteira  Sul  no  município  de  Chapecó, um estudo descritivo quanto aos objetivos, de predomínio quantitativo com relação às técnicas de análise nele empregadas, e de delineamento experimental foi realizado. Os fatores emocionais e cognitivos que fazem parte do  processo  de Julgamento e Tomada de Decisão (JDM),    mais especificamente na  tomada  de decisões  financeiras, são objeto de interesse inúmeros  estudos  em  variados campos  do  conhecimento. Na área Financeira, o campo das Finanças Comportamentais tem cada vez mais se destacado, tendo sido buscados por meio de estudos experimentais compreende os aspectos de comportamento que afetam a racionalidade dos agentes na tomada de decisão. No presente trabalho, um experimento foi realizado para se testar como as recomendações financeira, que podem ser ótimas ou subótimas, de Experts e de Não-Experts afetam a TDF. Como hipóteses foi proposto que a Autoridade Cognitiva (AC) interferiria na escolha efetuada no sentido que foi recomendada numa combinação de cenários pré-definidos, hipótese que acabou confirmada. Por meio da análise dos dados, também foi possível notar diferenças de comportamentos entre diferentes segmentos, como as diferenças entre homens e mulheres, entre os que são tomadores de decisão e os que não são, e entre participantes que possuem pós-graduação lato senso e participantes de outros graus de instrução completos. As principais implicações teóricas constatadas foram a demonstrada necessidade de se pensar outros métodos e modelos de avaliação da maneira como as pessoas tomam decisões financeiras dentro do contexto das Finanças Comportamentais, hoje predominados por decisões binárias. Foram propostas alternativas contendo maiores graus de liberdade. Do ponto de vista prático, é percebida a necessidade de que o administrador busque formas de fazer com que suas recomendações sejam ouvidas e reconheça e busque superar suas limitações racionais na forma como avalia as consultorias recebidas.

Biografia do Autor

Bruno Moreira-Guedes, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
Acadêmico de Administração pela Universidade Federal da Fronteira, com 11 anos de experiência no setor de TIC e 6 anos de atuação na área de gestão. Desenvolvendo pesquisas atualmente nas áreas de finanças e tomada de decisão.
Publicado
18-09-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa