MIGRAÇÕES INTERNAS NO OESTE DE SANTA CATARINA

UMA ANÁLISE DO PERÍODO PÓS-2000

  • Ederson Nascimento Professor Doutor do curso de Geografia da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó
  • Rayneken Casanova Santos UFFS

Resumo

 Resumo: O ato de migrar é algo que remonta às origens da humanidade e segue até os dias atuais. No oeste de Santa Catarina, o fenômeno migratório é verificado especialmente através das chamadas migrações internas, deslocamentos populacionais internos ao país (intra e inter-regionais), os quais contribuíram para o desenvolvimento territorial da região. O presente estudo, que resulta de um trabalho de conclusão de curso apresentado para obtenção de grau de licenciatura em Geografia na Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, teve como objetivo entender a dinâmica geográfica das migrações internas nos municípios que constituem a mesorregião do oeste catarinense no período pós-2000. Para a realização deste trabalho inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico, no qual, incluía os principais autores que dissertam sobre as migrações, como Rosana Baeninger, posteriormente, levantou-se e compilou-se os dados demográficos através dos censos de 2000 e 2010 realizados pelo IBGE. Esses dados foram analisados geoestatisticamente no software Microsoft Excel®, para a produção de tabelas e gráficos, que, serviram de base para a produção mapas temáticos com uso do software ArcGIS®, com o fim de auxiliar a visualização da distribuição espacial dos componentes migratórios no território. Através da analises dos dados demográficos foi possível compreender que dinâmica geográfica da região esteve ligada ao contexto urbano e industrial. Esse contexto influenciou e performou de forma direta e indireta os fluxos migratórios internos, principalmente, no que se refere ao período pós 2000, demostrando que, as desigualdades populacionais regionais são frutos dos fatores econômicos e sociais citados acima. Ademais, ocorre ressaltar que, no início da colonização da região oeste até meados da metade do século XX os fluxos migratórios internos estavam relacionados à colonização rural, porém, com a industrialização/urbanização ocorreu uma mudança no padrão migratório, do rural-urbano, essas mudança fez com que alguns municípios se desenvolvessem e atraíssem populações, enquanto outros, repelissem, e por consequência, se estagnassem, economicamente e socialmente. Além disso, durante as análises notou se que, ocorre, uma maior predominância do gênero feminino no meio urbano e do gênero masculino no rural, essa predominância, vincula-se à oportunidade de emprego e renda.

Palavras-chave: Urbanização. Dinâmica populacional. Migrações internas. Dinâmica territorial. Oeste Catarinense.

Publicado
30-08-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa