A AFETIVIDADE ENTRE PROFESSOR E ALUNO VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS I

  • Karolini Betim Fieldkircher Universidade Federal da Fronteira Sul, Realeza
  • Bárbara Grace Tobaldini de Lima

Resumo

Neste trabalho venho relatar minha experiência no estágio curricular supervisionado em ciências I, realizado no segundo semestre de 2018, nele desenvolvemos uma oficina pedagógica em um colégio público localizado na na cidade de Capitão Leônidas Marques PR com alunos do sétimo e oitavo ano. Na ocasião a temática trabalhado foi sobre plantas medicinais, a partir dos seus benefícios e formas de serem utilizada. O laboratório de Ciências, foi o espaço escolhido para realizarmos a oficina pois, é um ambiente diferenciado e amplo. As turmas tinham em média 15 alunos. O tema para planejarmos a oficina foi o relógio biológico e as plantas medicinais, e possibilitou a interligação com outras áreas do conhecimento, como a botânica, fitoterapia e farmacologia. Além disso, valoriza o conhecimento popular e proporciona a reflexão sobre diversos problemas, como a preservação e utilização correta das espécies medicinais (VELLOSO, 2005). O objetivo da oficina foi promover a educação em saúde, proporcionando o conhecimento da localização e do funcionamento dos órgãos do corpo humano, oportunizando uma reflexão sobre os hábitos de vida, as escolhas comportamentais e os cuidados básicos de saúde, utilizando as plantas medicinais com segurança e consciência. A oficina foi realizada de forma dialogada, desenvolvida em três aulas seguidas onde os grupos de estudantes montavam o relógio biológico associando as horas com o funcionamento dos órgãos e plantas medicinais. O oitavo ano demonstrou interesse, e participou das discussões e realizaram a atividade como esperávamos. A turma do sétimo ano era mais quieta e menos autônoma para realização da atividade, precisamos explicar várias vezes, mas eram mais interessados. Durante esse período do estágio pude perceber que alguns fatores são importantes para que ocorra a aprendizagem dos alunos, tais como: capacidade intelectual e vontade de aprender, por parte do aluno; conhecimentos e capacidade de transmitir conteúdos, por parte do educador e apoio dos pais nas atividades extra-classe. Também pude observar que os alunos buscam afeto por parte do professor e consideram a escola como uma extensão da família, segundo Sobral, a afetividade entre professor e aluno é um grande estimulante na efetivação do conhecimento (2007). A professora de Ciências das turmas não media esforços para manter uma relação afetiva com os alunos. A afetividade não significa tratar o aluno com beijos e abraços, mas sim em adotar atitudes que nos leve a sair da nossa “indiferença” para com eles. E isso é possível se houver autoridade e responsabilidade por parte do professor. Os alunos relataram que gostam muito da professora e de suas aulas, e se sentem à vontade para dialogar com ela. Essa experiência me permitiu reflexões sobre a profissão docente e sobre a importância de manter uma relação de afetividade com os alunos. O docente tem papel fundamental no desenvolvimento do estudante, muitas vezes, ele é a única pessoa que pode reconhecê-lo como ser dotado de sonhos, desejos e muita vontade de mudar a história de sua existência, portanto, apesar das dificuldades que possam se apresentar, devemos buscar manter esse vínculo com seus alunos.

Biografia do Autor

Karolini Betim Fieldkircher, Universidade Federal da Fronteira Sul, Realeza

 

Publicado
26-08-2019
Seção
Campus Realeza - Projetos de Ensino