NÍVEIS SOCIOECONÔMICOS E TRANSIÇÕES

QUAL A INFLUÊNCIA PARA COM AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES?

  • Mateus Guilherme Boeno Universidade Federal da Froteira Sul
  • Tainara Oliveira Fornari
  • Jiennifer Souza Oliveira
  • Odila Migliorini

Resumo

As doenças cardiovasculares, tem se mostrado nos últimos anos o maior fator de morte no mundo, totalizando 31% da população mundial, o que equivale 17,7 milhões de pessoas. Estes óbitos têm como principal causa, doenças ou complicações cardiovasculares, como: Cardiopatia congênita, trombose venosa profunda e embolia pulmonar, doença coronariana, doença arterial periférica, aterosclerose, hipertensão arterial sistêmica (HAS), entre outros. Além de possuir relação direta na transição populacional, epidemiológica e nutricional que o país passa no momento, as doenças cardiovasculares relacionam-se diretamente com os distintos níveis socioeconômicos existentes no Brasil e no mundo, evidenciando a vulnerabilidade das comunidades carentes e menos favorecidas em desenvolver doenças ou complicações cardiovasculares. Trata-se de uma revisão não sistemática da literatura, da influência que os níveis socioeconômicos e as transições populacional, epidemiológica e nutricional, exercem para com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Foi utilizado a base de dados do Google acadêmico e Scielo, como meio de pesquisa, analisado artigos científicos, pesquisas epidemiológicas, testes de conclusão de curso, e demais materiais que de alguma maneira dialogavam com o tema central. Os fatores determinantes para o desenvolvimento ou agravamento de doenças cardiovasculares, estão ligados com as transições que o Brasil enfrenta. A Transição Populacional, condiz com o aumento da população idosa, esta tendo maior probabilidade em desenvolver doenças cardiovasculares, consequentemente, elevando os níveis de óbitos relacionados a tais complicações. A transição epidemiológica, diz respeito ao foco de tratamento em processos agudos, antigamente sendo as doenças parasitárias as mais relevantes, colaboram para o crescimento dos índices de pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a aterosclerose e a HAS. E, um fator determinante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, é a Transição nutricional, onde pessoas com rendas inferiores, além de ter seu acesso restrito a alimentação saudável, passam a consumir alimentos ricos em lipídeos o que favorece o aumento da taxa de sobrepeso entre a população brasileira, consequentemente elevação de doenças cardiovasculares. Imaginava-se que as doenças cardiovasculares estavam relacionadas com pessoas de poder aquisitivo elevado, entretanto, o que os dados epidemiológicos demonstram é exatamente o contrário. Os principais fatores relacionados ao desenvolvimento ou complicações de doenças cardiovasculares, relacionam-se com os hábitos de vida que determinada pessoa leva, ademais a alimentação, a pratica de exercício físico, moradia e trabalho são fatores determinantes para tais ocasiões. A partir do exposto, é possível inferir que pessoas de renda inferior, com menor condição de moradia, acesso restrito a alimentação saudável e não praticantes de atividade física, possuem maior probabilidade de desenvolver eventos cardiovasculares, bem como o as transições vividas, auxiliam para um crescimento ainda maior da prevalência de tais. Conclui-se que os níveis socioeconômicos e as transições que o Brasil enfrenta, interferem diretamente nos dados epidemiológicos relacionados a doenças cardiovasculares, sendo que a população de baixa renda expressa tendência maior em desenvolver eventos como, trombose venosa profunda e embolia pulmonar, doença coronariana, doença arterial periférica, aterosclerose, HAS entre outros.

Publicado
25-09-2019
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Ensino