O PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA E OS ESTÁGIOS CURRICULARES: COESÕES, COERÊNCIAS E DESAFIOS

Resumo

Com a criação do Programa Residência Pedagógica, em março de 2018 pelo Governo Federal, novas propostas e debates surgiram no cenário das formações iniciais. O diálogo possível, as contradições e complementações perante ao que fora anunciado como o ‘novo estágio curricular’ pelo MEC coloca em evidência um turbilhão de reflexões diante de toda a construção anterior dos Estágios nos cursos de licenciatura pelo Brasil. Este trabalho tem por objetivo comparar as experiências do Estágio Supervisionado e do Programa Residência Pedagógica para aprimorar a formação de identidade docente na construção de uma educação geográfica. Com a finalidade de salientar a importância do estagio na vida dos acadêmicos e futuros professores, levando a teoria para a prática, causando a práxis em seu sentido literal. Destaca-se a importância da compreensão do papel do ensino, que este vai além da perspectiva exclusivamente conteudista, chocando-se com a dinâmica da sala de aula, o que exige que o professor seja um profissional preparado para inúmeras situações. Desta forma se situar de suas estratégias pedagógicas são fundamentais na prática docente. Desenvolver uma dinâmica em sala de aula, com o confronto pelos alunos, onde aspectos do seu cotidiano acabam sendo anexados a aula, usando os conceitos vygostkianos da zona de desenvolvimento real para zona de desenvolvimento proximal, e da internalização intrassubjetiva de Lana Cavalcanti. Neste sentido leituras prévias de ambas vivências, dos quatro estágios curriculares e das imersões e reuniões do PRP proporcionam saídas para possíveis situações, convergem com a construção de uma efetiva identidade docente, e desafia o estudante estagiário a aprimorar sua formação equilibrando as diferentes intencionalidades e formações epistêmicas provenientes das duas experiências.