Novas formas de performance masculina

uma revisão bibliográfica

  • Bruna Luísa Szast Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Erechim.
  • Ivone Maria Mendes Silva

Resumo

As formas, modos e possibilidades de “ser homem” são plurais e variam conforme o tempo e as culturas e denominam-se masculinidades. A categorização mais utilizada para classificar as identidades do masculino, dentro do campo dos estudos de gênero, dá-se por meio das categorias de masculinidades hegemônica ou subalterna. Essa classificação destaca o caráter relacional da classificação das masculinidades dentro do campo dos estudos de gênero, bem como do e no imaginário social. Esse trabalho tem o objetivo de fazer uma revisão bibliográfica sobre as diferentes formas de masculinidades através dos textos de Miriam Grossi e Raewyn Connell e interpretá-las através do conceito de performatividade de gênero e performance de Judith Butler para questionar a classificação de masculinidade hegemônica e subalterna, bem como, busca-se analisar as transformações nas performances masculinas nas mais diversas relações sociais ao longo da história. Desse modo, as conclusões parciais apresentam que usar o conceito de gênero e masculinidades para explicar questões como guerra e altos índices de violência, pode ser custoso para áreas científicas consolidadas, pois envolve mudanças epistemológicas e ontológicas. Já que a ciência é majoritariamente marcada pela presença masculina que decide o que “é verdade” no mundo, falar sobre estilos de masculinidade e eventos que assombram a humanidade fere por vezes, o indivíduo que faz ciência, fere a organização do Estado-Nação (especialmente na importação militar e valorização das armas), bem como, impacta asas relações sociais. Boa parte dessas relações sociais são marcadas pelo discurso “naturalista” do sexo e, consequentemente, do gênero, pelos quais os comportamentos masculinos vinculados à violência e agressividade são ditos naturais. Logo, pensa-se que a guerra e o caos social não são consequências da forma como o gênero é performado, mas sim, fruto de outras relações distantes da performance dos gêneros.

Biografia do Autor

Bruna Luísa Szast, Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Erechim.

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LAPLANTINE, F. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1988.

Publicado
02-09-2019
Seção
Campus Erechim - Projetos de Pesquisa