EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SAÚDE COM AGENTES COMUNITÁRIAS DA REGIÃO DO EXTREMO OESTE DE SANTA CATARINA
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
No primeiro semestre de 2019, realizou-se um trabalho de educação continuada em saúde na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com a participação de uma equipe de 120 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de diversas localidades da cidade de Chapecó e região Extremo Oeste do estado de Santa Catarina. Esta atividade teve como tema central: o desenvolvimento neuropsicomotor em crianças de 0 a 4 anos. A Educação Continuada em Saúde (ECS) se configura como uma proposta de aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações. Este relato tem como objetivo descrever a atividade proposta pelos acadêmicos participantes do trabalho executado de ECS, bem como os resultados obtidos. A ação objetivou instruir de forma didática e divertida o assunto trabalhado, para isto, foi desenvolvida uma atividade denominada neurotabuleiro, este consiste em um tabuleiro com 7 casas, onde o grande grupo presente (cerca de 30 pessoas por vez) foi dividido em 3 subgrupos de 10 participantes, a cada rodada uma pergunta era lançada de modo geral e os subgrupos manifestavam-se através de placas com diversas alternativas, a letra que representasse a melhor opção deveria ser levantada e se e o grupo respondesse corretamente, avançava uma casa no tabuleiro, o primeiro grupo a chegar no final era considerado o ganhador. Vale ressaltar que foram conferidas a respostas corretas das questões, realizando-se uma breve explicação a respeito do tema abordado para que nenhuma dúvida fosse deixada em débito. No que diz respeito ao desenvolvimento neuropsicomotor de crianças, a atividade proposta resultou em uma interação de grande relevância entre os ACS presentes e alunos através do compartilhamento de relatos de experiência sobre as vivências. Quando a abordagem ocorre por meio de uma apresentação expositiva, observa-se que os ouvintes acabam por se cansar ou se distrair, a intenção de expor perguntas e conversar sobre o que realmente se passa na prática na região em que os ACS atuam, foi muito importante, pois as observações levantadas entre eles são distintas uma das outras os fazendo criar uma conversa engajada mostrando assim que, contextos e realidades diferentes influenciam nas tomadas de decisões dentro do campo profissional. Os estudantes aprenderam com os ACS, principalmente que o olhar clínico tem que estar junto com o diálogo e a intimidade do paciente, puderam expor o conteúdo teórico sem torná-lo cansativo e desenvolveram habilidades de comunicação para trabalhar com um grande grupo. A parte prática do o tabuleiro foi bem recebida por parte dos agentes comunitários de saúde que se divertiram com a dinâmica diferenciada e ao final demonstraram interesse em estender a ideia da ECS para suas unidades básicas de saúde (UBS) e colegas de trabalho. A atividade foi produtiva e de extrema importância para todos que a puderam vivenciar, muitas dúvidas foram esclarecidas acerca do tema trabalhado, ressaltando a importância real do trabalho dos ACS’s com a equipe de saúde da família dentro da UBS e com a comunidade a qual está vinculada diariamente.
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