ANNONA MURICATA (GRAVIOLA) E SUA AÇÃO ANTITUMORAL
Resumo
A Annona muricata, conhecida popularmente no Brasil por graviola, possui características medicinais em diversos de seus compostos. Suas utilizações terapêuticas ao longo das décadas marcaram sua notória ação anti-inflamatória e antitumoral. Inúmeros estudos visam isolar os compostos presentes nos frutos, nas cascas, nas sementes e nas raízes da graviola com o propósito de identificar novas moléculas com ação antitumoral. Até o momento, existem 212 compostos bioativos na graviola, como por exemplo as acetogeninas e os alcaloides que possuem ação inseticida, anti-helmíntica e anticancerígena, entretanto, apresentando um potencial citotóxico e em doses elevadas ter ação neurotóxica. Vale destacar também os polifenóis, que são antioxidantes com efeitos quimiopreventivos sobre o câncer. Apesar da quantidade de estudos faz se necessário estudos sobre os mecanismos de ação desses compostos, sua toxicidade, determinação do valor IC50 e LC50, índice de seletividade (IS) em células humanas e sua dinâmica anticancerígena. O presente trabalho visa investigar a ação anticancerígena dos componentes da Annona muricata na literatura, e qualifica-se como uma revisão de literatura utilizando os seguintes descritores em inglês e português: Annona muricata e câncer; graviola e câncer. Após investigação nas bases de dados elencadas, enumerou-se 53 artigos, dos quais selecionou-se 24, sendo 2 do banco de dados Scielo, 1 do Science Direct e 21 do PubMed. Utilizou-se para essa revisão ensaios originais, analises transversais e revisões sobre o tema em questão, preferencialmente estudos em humanos e animais, e conseguinte in vitro, selecionando as literaturas mais relevantes e significativas. Durante a pesquisa, ficou evidente a falta de tratamentos mais eficazes e seletivos para o câncer, ocasionando descrença nos pacientes para uma possível cura e sofrimento físico/emocional por falta de especificidade dos fármacos empregados no tratamento. Ademais, vários estudos envolvendo os compostos da graviola, tais como acetogeninas, alcaloides e fenóis, revelaram reações quimiopreventivas e quimioterápicas mediante células cancerígenas, além de realizarem ações inseticida e anti-helmíntica. Notou-se uma maior especificidade dos compostos quando houve a utilização do extrato da graviola com nanoparticulas, exprimindo uma significativa ação apoptótica em células cancerígenas do tipo MCF7 se comparada ao extrato livre da graviola. Claramente há necessidade de estudos mais aprofundados sobre as peculiaridades dos ricos componentes da Annona muricata, visto que segundo esta revisão e o próprio contexto histórico deste fruto, há potencial participação futura na prevenção e tratamento para o câncer.
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